ANAIS - XIX CONGRESSO PAULISTA DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA - page 126

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OBSTETRÍCIA
ANAIS
estabelecido um nível de significância de 5% e para os
procedimentos de análise foram utilizados os programas
Epi.Info e SAS. O coeficiente de correlação de Spearman
foi utilizado para correlacionar ILA e Doppler AR. Re-
sultados: O IP da AR apresentou valores decrescentes a
partir de 24 semanas de gestação, com pouca variação
ao longo do estudo. A VS mostrou valores ascendentes
ate a 37ª semana e valores decrescentes após. Não houve
correlação entre ILA e parâmetros Dopplervelocimétricos
da AR e o índice de correlação intraclasses indicou boa
reprodutibilidade dos dados.
Conclusões: Foram estabe-
lecidas curvas para intervalos de referência longitudinais
para IP e VS da AR, com tendência semelhante a outros
estudos da literatura, porém variações em valores abso-
lutos. O ILA não apresentou correlação com a Dopplerve-
locimetria da AR nas gestantes de baixo risco e o método
apresentou boa reprodutibilidade. Os intervalos de refe-
rência mostram a evolução esperada dos parâmetros em
gestações de baixo risco e são úteis no seguimento das
gestações de alto risco.
Instituição:
Universidade Estadual de Campinas –
Campinas – SP
FATORES ANGIOGÊNICOS E
DOPPLERVELOCIMETRIA DAS ARTÉRIAS
UTERINAS EM PACIENTES COM RESTRIÇÃO
DO CRESCIMENTO FETAL
Autores:
Zamarian, A.C.P.; Caetano, A.C.R.; Ortiz, L.F.L.;
Lobo, T.F.; Daher, S.; Nardozza, L.M.M.
Sigla:
O099
Objetivo: Analisar os níveis dos fatores antiangiogênicos:
sFlt-1e sEng e dos fatores angiogênicos: adiponectina,
ADAM-12, PAPP-A, ANGI-2 e TGF-β em gestantes com
restrição do crescimento fetal (RCF) e controles. Méto-
dos: Esse estudo caso-controle incluiu 66 pacientes com
RCF e 64 controles em gestações entre 24 e 41 semanas.
Os níveis no soro materno de sFlt-1, sEng, adiponecti-
na, ADAM-12, PAPP-A, ANGI-2 e TGF-β foram determi-
nadas pelo método de ELISA e o Doppler das artérias
uterinas foi realizado. Resultados: As concentrações de
sFlt-1, sEng e PAPP-A foram significativamente maiores
em pacientes com RCF do que nos controles (p<0,0001,
p =0,02 e p =0,03, respectivamente). Concentração de
ADAM-12 e ANGI-2 (p=0,05 e p<0,0001) foram significa-
tivamente menores no grupo RCF do que nos controles.
Concentrações aumentadas de sEng foram correlaciona-
dos com o Doppler uterino anormal no grupo com RCF.
Nas dosagens de adiponectina e TGF-β não encontramos
diferença significativa entre os grupos. Conclusão: A fun-
ção placentária é essencial para o desenvolvimento fetal
e a sua insuficiência pode levar a hipóxia feto-placentária
e a RCF. Diversos fatores angiogênicos e anti-angiogêni-
cos são expressos na placenta e podem sinalizar sua pos-
sível disfunção. No nosso estudo, as pacientes com RCF
mostraram aumento dos níveis séricos de sFlt-1, sEng e
PAPP-A e diminuição do ADAM-12 e ANGI-2. Além dis-
so, observou-se uma associação positiva entre concen-
trações elevadas de sEng e alteração da dopplerveloci-
metria das artérias uterinas. Diferentemente da maioria
dos estudos que analisa esses fatores no 1°trimestre
para predição de RCF, nossa pesquisa incluiu amostras
de sangue coletadas durante o 2º e 3º trimestre da ges-
tação com a proposta de analisar estes mediadores e sua
correlação com a dopplervelocimetria em pacientes com
RCF já instalada. Encontramos, portanto, diferenças sig-
nificantes entre o grupo RCF e controle em vários dos
marcadores (sEng, sFlt-1, ADAM-12, PAAP-A, ANGI-2).
Esses resultados estimulam estudos futuros no sentido
de auxiliar na diferenciação entre os fetos com restrição
do crescimento (patológicos) dos fetos pequenos para a
idade gestacional.
Instituição:
Universidade Federal de São Paulo – SP
CURVAS DE REFERÊNCIA DO VOLUME
INTRAVENTRICULAR CARDÍACO FETAL POR
MEIO DA ULTRASSONOGRAFIA 3D (STIC NO
MODO VOCAL)
Autores:
Barros, F.S.B.; Rolo, L.C.; Amorim, L.A.R.; Araújo
Júnior, E.; Nardozza, L.M.M.; Moron, A.F.
Sigla:
O100
OBJETIVOS: Determinar o intervalo de referência do vo-
lume intraventricular cardíaco fetal por meio da ultras-
sonografia tridimensional (US3D) utilizando-se o Spatio-
-Temporal Image Correlation (STIC) no modo Virtual
Organ Computer-Aided AnaLysis (VOCAL). MÉTODOS:
Foi realizado um estudo transversal prospectivo, envol-
vendo 371 gestações normais e únicas entre 20 e 33 se-
manas de gestação. O volume intraventricular cardíaco
fetal foi obtido no plano de quatro câmaras durante a di-
ástole ventricular final . O volume intraventricular cardía-
co fetal foi calculado pelo modo VOCAL, com ângulo de
30 graus (seis planos sequenciais ). Para a construção de
intervalos de referência, foi utilizado o modelo de regres-
são linear com ajuste pelo coeficiente de determinação
(R2).
RESULTADOS: A média do volume intraventricular
cardíaco fetal do lado direito e esquerdo variou de 0,30
± 0,11 cm3 (0,10-0,92 cm3) com 20 semanas para 2,10 ±
0,88 cm3 (0,64-4,23 cm3) com 33 semanas e 0,27 ± 0,10
cm3 (0,08-0,43 cm3) com 20 semanas para 1,99 ± 0,80
cm3 (0,57-3,73 cm3) com 33 semanas, respectivamente.
Observamos uma boa correlação entre o volume intra-
ventricular cardíaco fetal direito e esquerdo e idade ges-
tacional (IG ), sendo o melhor ajuste representado por
uma equação de segundo grau : à direita = 1,146-0,1504
1...,116,117,118,119,120,121,122,123,124,125 127,128,129,130,131,132,133,134,135,136,...209