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OBSTETRÍCIA
XIX
Congresso Paulista de Obstetrícia e Ginecologia
cida. O prurido é o sintoma predominante. A CIHG é
alto risco para prematuridade e óbito fetal. DESCRIÇÃO
DE CASO: M.C.C., 24 anos, primigesta, 25 semanas, com
queixa de prurido difuso, piora noturna e colúria. Cole-
cistectomizada há 7 anos por colelitíase. Solicitado testes
de função hepática que mostrou colestase; ecografia de
abdome superior, obstétrica e doppler, normais; sorolo-
gia para hepatites, citomegalovírus, Epstein Barr, todos
negativos. Após a exclusão de outras causas, fechado
o diagnósticode CIHG, prescrito ácido ursodesoxicólico
com melhora clínica e laboratorial. Realizado cesárea
com 37 semanas. RN masculino, apgar 5/9, peso 2.950gr,
Parkin 37 semanas. Recebe alta com melhora clínico-la-
boratorial e suspenso o ursacol. RELEVÂNCIA: A CIHG é
uma doença hepática específica da gestação que ocor-
re no final do 2º trimestre de etiologia desconhecida. O
prurido é a manifestação predominante e geralmente
inicía-se nas palmas das mãos e plantas dos pés pro-
gredindo para o resto do corpo e mais intenso à noite.
Icterícia aparece em 20% dos casos. O diagnóstico é de
exclusão. As alterações laboratoriais são: níveis aumen-
tados de transaminases e o aumento de ácidos biliares
totais em jejum. Screening para sorologias devem ser so-
licitados. Pré-eclâmpsia, esteatose hepática gestacional
e doenças auto-imunes devem ser excluídas. Como não
há consenso quanto ao manejo das pacientes no pré-
-natal, deve ser feita cardiotocografia semanal, volume
do líquido amniótico, Doppler da artéria umbilical e ava-
liação do crescimento fetal, dosagem semanal de ácidos
biliares, enzimas hepáticas e coagulação materna. O fár-
maco de 1ª escolha é o ácido ursodesoxicólico 600 mg/
dia, que recupera a capacidade placentária de excretar
ácidos biliares. Como a maioria das mortes fetais inexpli-
cadas, ocorre após 37 semanas, a resolução da gestação
entre 37 e 38 semanas é recomendada. CONCLUSÃO: O
conhecimento por parte dos profissionais sobre CIHG é
fundamental para o manejo adequado das gestantes,
pois apesar de se tratar de uma doença benigna para
mãe, traz complicações e até a morte fetal.
Instituição:
Hospital Municipal e Maternidade São José
dos Pinhais – São José dos Pinhais – PR
CURVA DE REFERÊNCIA DO VOLUME DA
GLÂNDULA SUPRARRENAL FETAL ENTRE
26 A 37 SEMANAS DE GESTAÇÃO PELO
MÉTODO VOCAL – ESTUDO PRELIMINAR
Autores:
Helfer, T.M.; Rolo, L.C.; Melo, N.B.; Cavalcante,
C.; Araújo Júnior, E.; Nardozza, L.M.M.
Sigla:
O084
Objetivos: Correlacionar o volume da glândula suprare-
nal fetal (VSR) e volume da zona fetal da suprarrenal fe-
tal (VZF) estimadas pela ultrassonografia tridimensional
(US3D) a parâmetros bidimensionais, em gestações não
complicadas, para posterior comparação com gestações
acometidas por restrição de crescimento fetal (RCF). Mé-
todos: Estudo transversal com 30 fetos de gestações de
baixo disco entre 26 a 37 semanas. Foi utilizado o apa-
relho Accuvix V30 (Samsung Eletronics, Hampshire, UK)
provido de transdutor volumétrico convexo de 4-8 MHz.
O VSR e o VZF foram obtidos com ângulo de varredu-
ra 55-85° no plano transverso do abdome e medidos
utilizando VOCAL (Virtual Organ Analysis), com ângulo
de rotação de 30º. Para análise estatística foi utilizado
o coeficiente de correlação de Pearson (r). Resultados:
A idade materna média foi 33,2 (± 2,9 anos). A média
do número de gestações foi 2,3 (± 1,4) e a paridade mé-
dia 0,8 (±1,18). O VSR e VZF demonstraram correlação
fraca com os seguintes parâmetros: idade gestacional
– IG, diâmetro biparietal – DBP, circunferência craniana
– CC, circunferência abdominal – CA, comprimento do
fêmur – F, índice de líquido amniótico – ILA e peso fetal
estimado – PFE. Para o VSF foi observado: r=0,181 para
IG; r=0,107 para DBP; r=0,031 para CC; r=0,178 para CA;
r=0,184 para F; r=-0,284 para ILA and r=0,130 para PFE.
Para o VZF, foi observado: r=0,181 para IG; r=0,195 para
DBP; r=0,271 para CC; r=0,266 para CA; r=0,030 para F;
r=-0,017 para ILA and r=0,201 para PFE. A média do VSF
aumentou de 0,45 cm3 na 26ª semana para 2,37 cm3 na
37ª semana de gestação. O VZF aumentou de 0,11 cm3
para 0,18 cm3 nas mesmas semanas. Os percentis 5, 50 e
95 para cada intervalo de idade gestacional foram deter-
minados. Conclusão: Há uma correlação fraca entre VSR
e VZF e os parâmetros bidimensionais (IG, DPB, CC, CA,
F e PFE). Foi observado que o volume aumenta com a
idade gestacional. Para maiores conclusões, a ampliação
do estudo é necessária. Devido ao papel fundamental da
glândula suprarrenal nas respostas metabólicas fetais a
estressores intrauterinos, especialmente hipóxia, o VSR e
o VZF serão comparados com fetos com RCF.
Instituição:
Universidade Federal de São Paulo/ Escola
Paulista de Medicina – UNIFESP/ EPM – SP
PAPEL DO PICO DE VELOCIDADE SISTÓLICA
(PVS) NA ARTÉRIA CEREBRAL MÉDIA
(ACM) EM HIDROPSIA POR PARVOVIROSE –
RELATO DE CASO
Autores:
Helfer, T.M.; Lobo, G.A.R.; Bortoletti, J.; Carvalho,
N.S.; Serni, P.O.N.; Pares, D.S.
Sigla:
O085
Introdução: Relato de caso de infecção por parvovírus detec-
tada em ultrassonografia morfológica do segundo trimestre
e manejada através da dopplervelocimetria da ACM. Descri-
ção do caso: PAL, 23 anos, encaminhada ao Ambulatório de
Medidina Fetal da Escola Paulista de Medicina/Universidade
