ANAIS - XIX CONGRESSO PAULISTA DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA - page 116

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OBSTETRÍCIA
ANAIS
granulação tecidual e acelera a cicatrização. Relato:
RCS, 36 anos, 9º pós-operatório de cesárea, com dor
e secreção fétida em ferida operatória (FO). Ao exa-
me, abdome globoso, doloroso à palpação superficial
difusamente, incisão pfannenstiel aberta, exsudato pu-
rulento fétido em grande quantidade, focos necróticos
em hipogástrio e flanco esquerdo; apresentando leu-
cocitose, desvio à esquerda e anemia severa. Iniciado
Ceftriaxone e Metronidazol empiricamente após colher
cultura de secreção. Feito debridamento da FO e de
focos necróticos com FN estendendo-se até o nível
da cicatriz umbilical abrangendo os flancos e limpe-
zas cirúrgicas seriadas sob sedação associadas ao VAC.
Iniciado Vancomicina e Tazocin após resultado de anti-
biograma. Melhora do aspecto da FO com granulação
e drenagem de grande quantidade de exsudato, com
troca de curativo a cada 48 horas. A melhora clínica da
paciente e do aspecto da ferida permitiu o fechamento
em conjunto com a cirurgia plástica com considerável
resultado clínico e estético. Conclusão: em infecções
necrosantes de tecidos moles, o tratamento apropriado
deve incluir intervenção cirúrgica precoce e antibioti-
coterapia. O curativo VAC tem vantagens comparado
ao tratamento tradicional, com redução da resposta in-
flamatória local e da dor, simplificação do cuidado com
a ferida, cicatrização acelerada e redução da complexi-
dade de reconstruções cirúrgicas posteriores. Aqui, o
curativo VAC proporcionou cicatrização mais rápida da
ferida, melhor prognóstico para a paciente e desfecho
clínico extremamente favorável.
Instituição:
IPESQ – Campina Grande – PB
ANÁLISE DAS GESTAÇÕES GEMELARES
EM HOSPITAL ESCOLA DO CENTRO
UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO – HOSPITAL
GERAL DE CARAPICUÍBA
Autores:
Hidalgo, G.A.O.; Mariano, B.F.; Bretz, P.R.; Remo-
rini, R.O.
Sigla:
O077
Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico de gestações
gemelares nas parturientes atendidas no Hospital Geral
de Carapicuíba (HGC) em termos de incidência e resul-
tados perinatais. Método: Analise retrospectiva de 1543
prontuários médicos de partos ocorridos entre Agosto e
Dezembro de 2012 no HGC, sendo as variáveis estudadas
a incidência global de gestações gemelares, prematuri-
dade, via de intervenção obstétrica, peso do recém-nas-
cido, asfixia perinatal (analise indireta utilizando apagar
do quinto minuto) e óbitos. Resultados: A incidência de
gestações gemelares foi de 1.68% no período estudado.
A prematuridade ocorreu em 46% dos casos e a via de
parto cesárea foi indicada em 85% das pacientes. Recém-
-nascidos com peso abaixo de 2500g corresponderam a
50%, sendo 42% baixo peso (peso<2500g), 3.8% muito
baixo peso (peso<1500g) e 3.8% extremo baixo peso
(peso<1000g). Na análise indireta de asfixia perinatal, re-
sultados abaixo de sete corresponderam a 3.8%, a taxa de
óbito foi de 3.8%. Conclusão: A incidência de gestações
gemelares encontrada está compatível com a literatura
(1 a 2%). A prematuridade e baixo peso apresentaram
altos índices, contrapondo-se a um excelente resultado
perinatal. Sendo assim, fortalece-se a ideia de que o ele-
vado número de partos cesárea tenha sido bem indicado,
contribuindo para os resultados perinatais satisfatórios.
Instituição:
Centro Universitario São Camilo – SP
GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA NO BRASIL: O
QUE MUDOU EM UMA DÉCADA
Autores:
Sampaio, F.S.C.P.; Brito, M.B.
Sigla:
O078
OBJETIVOS: Avaliar a relação entre a idade materna (10
a 19 anos versus 20 a 34 anos) e baixo peso ao nascer
(BPN), parto prematuro, taxas de cesárea, baixa adesão ao
pré-natal (PN), baixa escolaridade e ausência de parceiro,
nos anos de 2001 e 2011. MÉTODOS: Estudo descritivo
e comparativo, com base em dados secundários sobre
nascidos vivos, nos anos de 2001 e 2011, fornecidos pelo
banco de dados do Sistema de Saúde do Brasil: SINASC /
DATASUS (
/ deftohtm.exe
? SINASC / CNV / nvuf.def). Comparou-se a idade ma-
terna (10-19 anos versus 20-34 anos) com estado civil,
escolaridade, via de parto, duração da gestação, peso ao
nascer e número de consultas pré-natais. RESULTADOS: A
taxa de gravidez em adolescentes brasileiras foi de 23,6%
em 2001 e 19,3% em 2011. As frequências de mães soltei-
ras, baixo nível de escolaridade, menor número de con-
sultas de pré-natal, prematuridade e baixo peso ao nascer
(BPN) foram maiores entre adolescentes, comparando-se
com adultas, em 2001. Esses achados mantiveram-se
em 2011. Em uma década, houve um aumento na inci-
dência de cesarianas em todas as faixas etárias [adultas:
41%(2001) versus 56,4%(2011) e adolescentes: 27%(2001)
versus 39%(2011)]. Houve também um aumento (>10%)
no número de consultas de pré-natal ideal (maior ou
igual a 6) e em nível de ensino (acima de 7 anos de esco-
laridade). Apesar disto, a taxa de BPN, em adolescentes,
permaneceu a mesma (9%), e houve aumento de 5% nos
partos prematuros e de 18% na ausência de parceiro nes-
te grupo de mães. CONCLUSÃO: As gestantes adolescen-
tes apresentaram piores resultados que as adultas, exceto
no que concerne aos partos cesarianos. Os índices de ce-
sariana ainda superam o recomendado pela Organização
Mundial da Saúde (15%). Na última década, observou-se
uma maior adesão das adolescentes ao programa de as-
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