ANAIS - XIX CONGRESSO PAULISTA DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA - page 107

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OBSTETRÍCIA
XIX
Congresso Paulista de Obstetrícia e Ginecologia
quinto minuto. O pH médio do cordão foi de 7,35; sendo
que apenas 12% apresentaram pH abaixo de 7,2. A me-
dia de dias na UTI neonatal foi de 52,7 dias. 95,5% dos re-
cém-nascidos foram operados no primeiro dia de vida e
63,6% passaram por apenas um procedimento cirúrgico.
20,5% tiveram ressecção intestinal e 6,8% apresentaram
síndrome do intestino curto. 59,1% dos recém-nascidos
tiveram infeção durante o período neonatal com hemo-
cultura positiva e 22,7% necessitaram de hospitalização
durante a infância. 25% dos fetos diagnosticados com
gastrosquise foram a óbito (18,2% no período pré-natal,
45,4% no período neonatal, e 36,4% durante a infância).
A principal causa de morte pós-natal foi infeção, respon-
sável por 44,4% das mortes nesse período. Conclusão: Os
recém-nascidos e crianças com gastrosquise diagnosti-
cada no período pré-natal ainda apresentam alta taxa de
complicações e óbito.
Instituição:
UNIFESP – SP
SEGUIMENTO MATERNO-FETAL EM
GESTAÇÕES COM ARTÉRIA UMBILICAL
ÚNICA
Autores:
Lima Costa, L.; Lima Costa, J.; Barreto Figueredo,
S.; Macêdo de Sousa, M.; Borges Machado, T.
Sigla:
O056
Objetivos Determinar as possíveis etiologias de arté-
ria umbilical única;
Relatar o seguimento materno-fetal
após o diagnóstico de artéria umbilical única;
Evidenciar
as malformações fetais mais incidentes. Métodos: O tra-
balho consiste em uma metanálise utilizando estatísticas
de diversos estudos a respeito de gestações com artéria
umbilical única, no qual foi possível ponderar as etiolo-
gias mais incidentes (com alterações cromossômicas ou
não), os métodos necessários para diagnóstico e segui-
mento da mãe e do feto, além de possíveis malforma-
ções que poderão ou não acometer o feto. Resultados: A
incidência de artéria umbilical única (AUU) varia confor-
me os estudos analisados, bem como os fatores gesta-
cionais. De maneira geral, incide em torno de 1 a 2% de
todas as gestações. Há algumas teorias apontadas como
causa desta alteração, como a atrofia ou atresia de uma
artéria umbilical normal derivada da alantóide e agenesia
de uma artéria umbilical em função da parada do seu
desenvolvimento a partir da alantóide. Os estudos mos-
tram que AUU como um achado isolado geralmente não
tem associação com cromossomopatias e malformações.
Entretanto, quando apresentada, as alterações genéticas
mais associadas são as trissomias do 13 e do 18. Dentre
as alterações anatômicas, as músculo-esqueléticas, car-
díacas, renais e gastrointestinais tem maior incidência. A
detecção de AUU faz-se inicalmente através do exame
ultrassonográfico. O uso do doppler auxilia na avalia-
ção dos vasos umbilicais. É importante investigar se há
malformações associadas e realizar um seguimento ade-
quado utilizando-se ecocardiografia fetal, amniocentese,
ultrassonografia seriada para avaliar crescimento e vitali-
dade fetal, além do exame detalhado do recém-nascido.
Conclusões: Artéria umbilical única, quando um achado
isolado, normalmente não apresenta riscos. A avaliação
fetal realizada por meio de propedêuticas adequadas
visa afastar qualquer alteração genética e/ou anatômi-
ca. É imprescindível o acompanhamento pré e pós-natal
para garantir um bom prognóstico e identificar possíveis
afecções fetais.
Instituição:
Instituto Tocantinense Presidente Antônio
Carlos – Araguaína – TO
AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DA INFLAMAÇÃO
INDUZIDA POR LIPOPOLISSACARÍDEO EM
RATAS PRENHES SUBMETIDAS A EXERCÍCIO
FÍSICO ANTES E DURANTE A GESTAÇÃO
Autores:
Kasawara, K.T.; Cotechini, T.T.; Surita, F.G.; Silva,
J.L.P.; Tayade, C.; Graham, C.H.
Sigla:
O057
Objetivo: Avaliar os efeitos do exercício físico na gesta-
ção de ratas com inflamação induzida por lipopolissa-
carídeo (LPS). Métodos: Ratos da raça Wistar com 80-90
dias foram submetidos a exercício físico de intensidade
moderada (65% da capacidade aeróbica máxima) em
esteira ergométrica antes e durante a gestação, de tal
forma que os grupos experimentais foram: ratos que
realizaram exercício e receberam LPS durante a gesta-
ção (Ex+LPS), ratos que realizaram exercício e receberam
salina durante a gestação (Ex+Salina), ratos sedentários
que receberam LPS durante a gestação (Se+LPS) e ra-
tos sedentários que receberam salina durante a gestação
(Se+Salina). Para a indução de inflamação foram realiza-
das quatro injeções intraperitoneais de LPS nos dias de
gestação 13,5 (10 µg/kg), 14,5 (40 µg/kg), 15,5 (40 µg/
kg) e 16,5 (40 µg/kg). Para avaliação do fluxo sanguíneo
uteroplacentário foi realizada ultrassonografia no dia de
gestação 17,5 e em seguida os ratos foram sacrificados
para análise do hemograma, tromboelastografia e ava-
liação do peso dos fetos. Foi considerado restrição de
crescimento fetal, fetos com peso <0,8071g. A análise es-
tatística foi realizada pelo programa GraphPad Prism 6, e
o nível de significância assumido foi p<0,05. Resultados:
O peso dos fetos do grupo Ex+LPS foi significativamen-
te menor quando comparado com o grupo Ex+Salina e
Se+Salina. A redução do peso está associada ao elevado
índice de resistência da artéria espiralada. O exercício
físico atenuou o efeito inflamatório induzido pelo LPS,
sendo que os ratos do grupo Ex+LPS apresentaram re-
dução na contagem de células brancas (incluindo mo-
1...,97,98,99,100,101,102,103,104,105,106 108,109,110,111,112,113,114,115,116,117,...209