ANAIS - XIX CONGRESSO PAULISTA DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA - page 103

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OBSTETRÍCIA
XIX
Congresso Paulista de Obstetrícia e Ginecologia
P.T.A.S, 26 ANOS, G IV PN III A0 IG: 32:2dias, usuária de
crack, tabagista e etilista, deu entrada na maternidade
com queixa de sangramento vaginal. Ao exame: Toque:
2CM, De Lee -3, bolsa integra. Dinâmica uterina: 2/30/10.
Batimentos cardíacos fetais:+. Após 3 horas, evoluiu para
parto vaginal. No terceiro dia de puerpério paciente
iniciou dor em fossa ilíaca direita. Ao exame: Abdome
normotenso, doloroso a palpação em fossa ilíaca direita,
sem sinais de irritação peritoneal, útero normocontraido,
temperatura :37,1°C. Exames: leucócitos 29,700; bastões
6%; seguimentados 59%; plaquetas: 309.000. Realizado
ceftriaxone 2 gramas e ultrassonografia transvaginal que
mostrou involução uterina normal, ovário esquerdo sem
alterações e ovário direito com massa solida, heterógena,
dolorosa medindo 4,0 x 4,4 x 5,9 cm. Tomografia: Trom-
bose de veia ovariana direita estendendo-se a desembo-
cadura da veia cava inferior onde havia diminuto trombo
justaparietal. Iniciado Enoxaparina sódica 40 mg 12/12 h
e Diclofenaco de sódio 50 mg 8/8 h. No oitavo dia pos
parto, exames: RNI:1; TTP: 44 seg; hemoglobina : 9,5;
leucócitos: 8.200; bastões 1% ;seguimentados 55 %.No
décimo dia de puerpério: ultrassonografia transvaginal
evidenciou regressão da massa, e paciente evadiu no
mesmo dia. Relevância: A Tromboflebite Pélvica Séptica é
uma complicação de infecção miometrial podendo levar
a trombose de veias miometriais, pélvicas e ovarianas.
Caracteríza-se por febre. A incidência é menor de 1% das
pacientes com endomiometrite. O tratamento consiste
na antibioticoterapia até o desaparecimento da febre,
que pode ser o esquema duplo Clindamicina 600mg de
8/8h e Gentamicina 5mg/kg em dose única diária por via
endovenosa ou esquema tríplice Gentamicina 5mg/kg
em dose única diária com metronidazol 500mg 6/6h e
Penicilina 5 milhões de unidades 6/6h ou Ampicilina 2g
de 6/6h por via endovenosa. Conclusão: É de fundamen-
tal importância o diagnostico e tratamento correto dos
pacientes para que haja um desfecho favorável do caso.
Instituição:
Hospital Regional João Penido – Juiz de Fora
– MG
TRATAMENTO DE PRIMEIRA LINHA
NA NEOPLASIA TROFOBLÁSTICA
GESTACIONAL DE ULTRA-ALTO RISCO:
ESTUDO CLÍNICO RANDOMIZADO, DUPLO
CEGO, COMPARANDO DOIS ESQUEMAS
ANTINEOPLÁSICOS
Autores:
Braga Neto, A.R.; Obeica, B.; Lozoya, C.; Rezen-
de-Filho, J.; Amim Júnior, J.; Ferreira, A.
Sigla:
O048
OBJETIVO. Avaliar a resposta clínica a dois esquemas an-
tineoplásicos para pacientes com NTG de ultra-alto risco.
PACIENTES E MÉTODOS. Estudo prospectivo, randomi-
zado, realizado entre os anos de 2004 e 2014, com pa-
cientes oriundas dos Centros de Referência em Doença
Trofoblástica do Rio de Janeiro (SCMRJ, ME-UFRJ, HUAP-
-UFF). Foram excluídas pacientes que apresentaram to-
xicidade a qualquer antineoplásico presente nos dois
regimes do estudo, assim como aquelas que cursaram
com quimiorresistência à primeira linha de tratamento
para NTG de alto risco, tiveram evidência de PSTT ou co-
ricoarcinoma não-gestacional e aquelas que receberam
indução quimioterápica com baixas doses de Etoposide-
-Cisplatina. O cálculo do tamanho amostral para consu-
mar o objetivo dessa investigação, considerando-se um
alfa de 0,05 para um poder de estudo de 0,80, foi de
17 pacientes em cada braço do estudo (total mínimo
de 34 casos de NTG de ultra-alto-risco). RESULTADOS.
Foram incluídas no grupo EMA/CO dezoito pacientes
e no grupo EP/EMA dezessete pacientes, preenchendo
portanto os critérios de inclusão mínimos desse estudo).
As variáveis de desfecho mostraram que, não obstante a
ocorrência de quimiotoxicidade fora similar nos grupos
estudados, 70 e 86% (p=0,199); quimiotoxicidade grau 4
foi maior entre as pacientes alocadas no grupo EP/EMA:
granulocitopenia: zero x 11% (2/17) (p=0,001); tromboci-
topenia: zero x 11% (2/17) (p=0,001), hepatotoxicidade:
5 (1/18) x 17% (3/17) (p=0,002) das pacientes. Foi simi-
lar nos dois grupos a ocorrência de quimiorresistência:
16 (3/18) x 11% (2/17) das pacientes. Não se observou
nenhum caso de NTG recidivante ou óbito entre as pa-
cientes desse estudo, obtendo-se a cura das 3 pacientes
com quimiorresistência ao EMA/CO com EP/EMA e das 2
pacientes com quimiorresistência ao EP/EMA uma delas
com regime BEP (4 ciclos) e outra com TE/TP (3 ciclos),
todos com mais 4 ciclos de consolidação dos respecti-
vos regimes quimioterápicos. CONCLUSÕES. Ainda que
o regime EMA/CO e EP/EMA promovam elevados índices
de remissão em casos de NTG de ultra-alto risco, cursa
o EMA/CO com menor ocorrência de quimiotoxicidade
grave.
Instituição:
Hospital Universitario Antonio Pedro – RJ
RISCO DA OCORRÊNCIA DE NEOPLASIA
TROFOBLÁSTICA GESTACIONAL APÓS A
NORMALIZAÇÃO DA GONADOTROFINA
CORIÔNICA HUMANA NO SEGUIMENTO
PÓS-MOLAR
Autores:
Braga Neto, A.R.; Mattos, M.; Biscaro, A.; Rizzo,
J.; Viggiano, M.G.C.
Sigla:
O049
OBJETIVO. Avaliar o risco da ocorrência de neoplasia
trofoblástica gestacional após a normalização da gona-
dotrofina coriônica humana no seguimento pós-molar.
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