ANAIS - XIX CONGRESSO PAULISTA DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA - page 101

260
OBSTETRÍCIA
XIX
Congresso Paulista de Obstetrícia e Ginecologia
11 anos de estudo. União consensual foi estado civil
mais frequente, renda familiar variou de 1 a 6 salários.
Depressão foi o distúrbio mais prevalente, seguido de
ansiedade, distúrbio bipolar e baby blue. Tempo de apa-
recimento do distúrbio variou entre 2 e 90 dias. Todas
realizaram pré natal, o total de consultas variou de 1 a 8.
Três pacientes submeteram-se partos normais, as demais
realizaram cesárea eletiva, devido complicações. A maio-
ria das mulheres não planejou gravidez, porém tiveram
apoio familiar. Três participantes tentaram interromper
a gestação. CONCLUSÃO: transtornos psiquiátricos no
puerpério são mais comuns do que se imagina, sendo
muitos casos ainda subdiagosticados.
Instituição:
IMIP – João Pessoa – PE
PRÉ-ECLÂMPSIA PRECOCE E TARDIA –
ENFOQUE NOS RESULTADOS MATERNOS
Autores:
Guidugli, L.A.M.; Borges, V.T.M.
Sigla:
O043
Objetivo: Comparar as complicações maternas entre
mulheres com pré-eclâmpsia precoce e tardia assisti-
das no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina
de Botucatu – FMB/UNESP. Métodos: foi realizado es-
tudo retrospectivo e analítico em gestantes com pré-
-eclâmpsia, que receberam assistência ao parto no Ser-
viço de Obstetrícia do Hospital das Clínicas da Faculdade
de Medicina de Botucatu – UNESP. As gestantes foram
estratificadas, de acordo com a idade gestacional no
momento do diagnóstico de PE, em dois grupos: pré-
-eclâmpsia precoce (PEP, <34 semanas) e pré-eclâmpsia
tardia (PET, ≥34 semanas). As variáveis estudadas foram:
descolamento prematuro de placenta, síndrome HELLP,
edema agudo de pulmão (EAP), eclâmpsia iminente (EI),
eclâmpsia, insuficiência renal, hemorragia pós-parto, ne-
cessidade de transfusão sanguinea, óbito materno. Fo-
ram analisadas 330 gestantes, sendo 95 gestantes com
PE precoce e 235 com PE tardia. Os resultados foram
analisados empregando-se testes the Fisher, com nível
de significância de 5%. Resultados: Não houve diferen-
ça significativa em relação à idade materna, paridade e
estado civil. As mulheres do grupo PEP apresentaram
maior frequência de síndrome HELLP parcial (12,63% vs
0,85, p=0,0001),síndrome HELLP (6,31% vs 0,42, p=0,002)
e crise hipertensiva (35,79% vs 14,89, p=0,0001) do que
nas portadoras de PET. Em relação ao EAP, houve taxa de
3,16% no grupo com PEP e 0,85% no grupo com PET. As
complicações insuficiência renal e hemorragia pós-parto
só se verificaram no grupo de gestantes portadoras de
PEP (2,1 e 1,05%, respectivamente). Não houve óbito
materno em nenhum dos grupos estudados. Em relação
as outras complicações não houve diferença significati-
va entre os grupos. Conclusões: Os resultados permitem
constatar que a PEP cursa com maior risco de Sindrome
HELLP e crise hipertensiva.
Instituição:
Faculdade de Medicina de Botucatu/UNESP
– Botucatu – SP
ANEMIA FALCIFORME NA GESTAÇÃO –
RELATO DE CASO
Autores:
Teixeira, D.F.S.; Cardo, C.; Oshikata, C.T.; Ferreira,
S.R.; Cunha, T.S.R.
Sigla:
O044
Introdução: A anemia falciforme é causada por uma mu-
tação da hemoglobina, originando uma hemoglobina S
(HbS), ao invés de uma hemoglobina A (HbA). Nas grávi-
das portadoras de anemia falciforme a crise de falcização
pode gerar complicações como descolamento prematu-
ro da placenta, retardo de crescimento intra-uterino e
parto prematuro. Do lado materno aumenta-se o risco
de infecção, toxemia gravídica, hepato-esplenomegalia,
crise dolorosa e raramente a morte. Relato do caso:
B.G.B, 29 anos, G3P1A1, 34 semanas, com queixa de dor
intensa em membros superiores e inferiores há 12 ho-
ras. Negava comorbidades prévias. Exame físico geral:
apresentava bom estado; exame obstétrico compatível
com a normalidade; dor limitante em membros, pulsos
simétricos e temperatura preservada. Devido ao quadro
persistente da dor, mesmo após a analgesia com opió-
des, a paciente foi internada. Solicitados exames com-
pletares que indicaram anemia (hemoglobina de 8,4 mg/
dL; hematócrito 24,1%); leucocitose (9,49 mil) com desvio
a esquerda até metamielócitos, plaquetopenia (64 mil);
enzimas hepáticas e urina I normais. Após 8 horas houve
piora do quadro, com dispnéia e dessaturação (PO2 de
84%), queda do hematócrito, hemoglobina, plaquetas e
aumento da leucocitose. Devido à instabilidade clínica,
foi optado pela interrupção da gestação com as hipóte-
ses de choque séptico e síndrome da resposta inflamató-
ria sistêmica, por provável infecção amniótica. Realizado
cesariana com anestesia geral; no intra-operatório foi
descartada a corioamnionite. No pós operatório o qua-
dro manteve-se instável e após 4 horas a paciente evo-
luiu para óbito. O laudo necroscópico evidenciou crise
de falcização maciça, acometendo pulmões, rins, fígado,
baço, pâncreas, coração, musculatura, articulações e me-
dula óssea. Relevância: Desde 2001 o Ministério da Saú-
de incluiu o teste para hemoglobinopatias no Programa
Nacional de Triagem Neonatal (PNTN). Desde então, a
partir do diagnóstico das crianças, os exames para iden-
tificação dessa doença passaram a ser realizados no país.
Comentários: O conhecimento desta doença ante natal
pode prevenir complicações maternas e fetais além de
evitar custos para o sistema de saúde.
1...,91,92,93,94,95,96,97,98,99,100 102,103,104,105,106,107,108,109,110,111,...209