ANAIS - XIX CONGRESSO PAULISTA DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA - page 97

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OBSTETRÍCIA
XIX
Congresso Paulista de Obstetrícia e Ginecologia
1(2%) gestação múltipla. Foram 16(38%) internações para
tratamento clínico e 26(62%) para parto. O anticoagulan-
te usado foi a enoxaparina, a dose utilizada variou de 20
a 200mg e distribuiu-se da seguinte forma: enoxaparina
20-40mg/dia 12(28%)pacientes, 60-80mg 15(35%) e >
80mg- anticoagulação terapêutica em 14(33%)pacientes.
As características que indicaram anticoagulação foram:
TEV prévia presente em 25(59%) pacientes (recorren-
te 26%, prévia na gestação e/ou pós parto 16%, prévia
sem fator desencadeante 12% e com fator desencade-
ante 7%.As cardiopatias estavam presentes em 13 pa-
cientes(31%), as trombofilias de alto risco (homozigoze
fator V de Leiden, e síndrome antifosfolípide) totalizaram
7(16%) e outras trombofilias(hiperhomocisteinemia, Fa-
tor V de Leiden heterozigoto, protrombina mutante em
heterozigoze e deficiência de proteína S) foram 9(19%);
5(12%) apresentavam lúpus e câncer foi observado em
3(7%) pacientes.ConclusãoO TEV prévio foi a principal
indicação de anticoagulação antes da hospitalização, se-
guido das trombofilias e cardiopatias. Outras condições
clínicas como idade ≥40 anos, IMC ≥40mg/m2, lúpus e
câncer colaboraram para gravidade dos quadros clínicos.
Instituição:
Clínica Obstétricia do Hospital das Clínicas
da Universidade de São Paulo – SP
PÚRPURA TROMBOCITOPÊNICA IDIOPÁTICA
(PTI) NA GESTAÇÃO – UM RELATO DE CASO
Autores:
Lopes, L.D.F.; Araújo, M.L.M.F.N.; Santos, M.A.A.;
Souza, M.A.C.
Sigla:
O034
INTRODUÇÃO: A Púrpura Trombocitopênica Idiopática
(PTI) é caracterizada pela presença de anticorpos autor-
reativos, que se fixam nos receptores das membranas
plaquetárias. É uma entidade rara em pacientes criticos
(0,35% das admissões), fazendo parte de um espectro
de doenças classificadas como síndrome microangio-
pática trombótica, que envolve também as síndromes
hemolítico-urêmica e a HELLP. Estas patologias têm altas
taxas de morbidade na ausência de tratamento.DESCRI-
ÇÃO DO CASO: M.C.S.C., 31anos, GIIPI, 30 semanas e 06
dias de gestação gemelar, antecedente de hipertensão,
e parto cesárea há 09 anos; deu entrada na emergência
com quadro de gengivorragia, epistaxe e plaquetopenia
grave(10.000/uL). Foi admitida em Unidade de Terapia
Intensiva, sendo iniciado prednisona 1mg/kg/dia e imu-
noglobulina 5g/dia. Mielograma sugestivo de PTI, evoluiu
refratária à terapêutica, quando iniciou pulsoterapia com
metiprednisolona 1g/dia obtendo 40.000/uL de plaque-
tas, mas após uma semana: 5.000/uL; sendo feito plaque-
tas por aférese. Tinha função renal, hepática e tireoideana
normais. Após 34 semanas, com fetos >2.000g e plaque-
tas >50.000/Ul decidiu-se por interrupção da gestação.
Realizado cesárea sem intercorrências com boas condi-
ções materno fetais. Os recém-nascidos evoluiram com
trombocitopenia nos primeiros dias de vida, mas com boa
evolução e sem sinais de hemorragia intracraniana.RELE-
VÂNCIA E COMENTÁRIOS: A PTI refratária é incomum na
gravidez, de difícil manejo clínico e está associada à trom-
bocitopenia neonatal devido à passagem dos anticorpos
maternos através da placenta com morbidade relevante.
Fetos gravemente tormbocitopênicos podem ter hemor-
ragia intracraniana com trabalho de parto e o parto, em-
bora raro. Estima-se que os eventos associados à gravidez
são subdiagnosticados ou têm seu diagnóstico retarda-
do, em virtude da semelhança com achados de doença
hipertensiva específica ou síndrome HELLP. Enfatiza-se o
conhecimento da doença como marcador prognóstico
para pacientes obstétricas, cabendo ao obstetra e hema-
tologista a responsabilidade de estarem familiarizados e
preparados para estabelecer o tratamento precoce deter-
minante para um melhor desfecho.
Instituição:
Maternidade Escola Januário Cicco – Univer-
sidade Federal do Rio Grande do Norte – Natal – RN
TERAPIA ABREVIADA PÓS-PARTO COM
SULFATO DE MAGNÉSIO NA PRÉ-ECLÂMPSIA
GRAVE: ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO
Autores:
Costa, M.A.; Amorim, M.M.R.; França Neto, A.H.;
Maia, S.B.; Katz, L.; Modesti, R.T.
Sigla:
O035
OBJETIVO: Comparar o uso de sulfato de magnésio por
12 horas versus 24 horas em puérperas estáveis com
pré-eclâmpsia grave. MÉTODOS: realizou-se um ensaio
clínico randomizado aberto incluindo 60 puérperas com
pré-eclâmpsia grave estável no grupo recebendo sulfato
de magnésio por 24h e 60 no grupo recebendo sulfato
de magnésiopor 12h. O estudo foi previamente aprova-
do pelo Comitê de Ética em Pesquisa local e todas as
mulheres concordaram voluntariamente em participar,
assinando o termo de consentimento livre e esclareci-
do. Administrou-se dose de ataque de 6g IV e a seguir
infusão de 1g/hora por 12 ou 24 horas. Os desfechos
avaliados incluíram ocorrência de eclâmpsia, duração da
terapia, necessidade de reintrodução da droga, tempo
de sondagem vesical, tempo para deambulação e tempo
para contato com o recém-nascido. A análise estatística
foi realizada no programa de domínio público Epi Info
7, utilizando-se os testes qui-quadrado de associação e
exato de Fisher, quando pertinente, e o teste “t” de Stu-
dent para variáveis numéricas.RESULTADOS: a terapia
abreviada com sulfato de magnésio (12 horas) associou-
-se com menor exposição ao uso da droga com seme-
lhantes desfechos clínicos quando comparada à terapia
com sulfato de magnésio por 24 horas. Não foram ob-
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