ANAIS - XIX CONGRESSO PAULISTA DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA - page 99

258
OBSTETRÍCIA
XIX
Congresso Paulista de Obstetrícia e Ginecologia
tervenções para reduzir a taxa de mortalidade perinatal,
requerem ações em todos os níveis do sistema de saúde,
preconizando um atendimento mais eficiente e um pré-
-natal de qualidade a todos as gestantes, com o intuito
de reduzir e minimizar complicações durante a gestação.
Instituição:
Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro – Porto
Velho – RO
ADENOCARCINOMA DE PULMÃO EM
GESTANTE: RELATO DE CASO
Autores:
Schultz, C.; Emery, D.A.; Brito, L.X.B.A.; Barbosa,
T.R.; Schultz, A.J.; Barbosa, L.R.
Sigla:
O038
Introdução: O câncer de pulmão é uma das neoplasias
considerada mais letais em todo mundo. Aproximada-
mente uma em 1000 – 1500 gestações são complicadas
por neoplasia maligna, sendo esta responsável por um
terço da mortalidade materna. Relato de caso: Paciente
T. C. S, residente em Itaperuna RJ, vendedora, casada, 12
semanas de gestação, G2P2A0, deu entrada na materni-
dade do Hospital São José do Avaí (HSJA), apresentando
dispnéia, cansaço, dor torácica, tosse produtiva com ex-
pectoração clara, febre e vômitos. Após tratamento sinto-
mático obteve pequena melhora do quadro. No decorrer
da gestação apresentou outros episódios semelhantes.
Com 35 semanas de gestação, apresentou fortes dores
em região occipital, associada à dor torácica e dispnéia
intensa. Devido ao quadro de insuficiência respiratória
e derrame pleural na radiografia de tórax, optou-se por
drenagem torácica e parto por cesariana. Dois dias após
o parto foi realizada tomografia computadorizada de tó-
rax: área de opacidade em vidro fosco no seguimento
posterior do lobo superior direito, com área de conden-
sação; Massa mediastinal superior paratraqueal, atelec-
tasia em lobo inferior direito, derrame pleural direito.
Realizou tomografia de abdomen com volumosa massa
em topografia de adrenal esquerda, ultrassonografia de
partes moles com nódulos volumosos hipoecogênicos
sugestivos de adenomegalias, cintilografia com proces-
so osteogênico múltiplo disseminado pelo esqueleto.
Foi realizada biópsia e Imunohistoquímica que revelou
adenocarcinoma pouco diferenciado infiltrando tecido
fibroadiposo, favorecendo pulmão como sítio primário.
Estadiamento: T4 N3 M1. Conduta: quimioterapia pa-
liativa e inibidor de osteólise.Conclusão: Todos os casos
descritos de neoplasia pulmonar associados à gravidez
são casos em estádios avançados, disseminados, inope-
ráveis e com metástases à distância, em 46% dos casos.
A média de sobrevivência ronda os 7,5 meses. A idade
média das mulheres situa-se nos 35 anos, e 60% eram
fumantes. Não há evidência de que a gravidez agrave o
curso da neoplasia pulmonar. Logo que exista maturida-
de pulmonar do feto, recomenda--se o seu nascimento,
de modo a permitir o início da quimioterapia materna.
Instituição:
Hospital São José do Avaí – Itaperuna – RJ
SÍNDROME PRES
Autores:
Antunes, D.R.V.; CinquettiI, M.A.; Valente, V.;
Mota, T.T.; Ferreira, M.M.; Mariano, B.F.
Sigla:
O039
A síndrome PRES é a nomenclatura dada pela encefalo-
patia reversível posterior que está associada a neurotoxi-
cidade secundária a alterações agudas da pressão arterial,
levando a edema cerebral vasogênico sem a ocorrência de
infartos cerebrais, localizados mais comumente nas regi-
ões parieto-ocipitais. Essas alterações neurológicas, por
sua vez, levam a sequelas principalmente motoras que
serão totalmente revertidas, fazendo dela diagnóstico di-
ferencial do acidente cerebral isquêmico. Tais alterações
agudas da pressão podem ser observadas em gestantes
e puérperas que cursaram com a doença hipertensiva es-
pecífica da gestação (pré-eclâmpsia), fazendo com que
estas pacientes tenham um fator de risco para o desen-
volvimento da síndrome PRES. RELATO DE CASO: A.R.O.S.,
23 anos, branca, primigesta, com 32 semanas de gestação,
internada com quadro de hipertensão grave com diagnós-
tico de óbito fetal intrauterino, associada a dor em baixo
ventre, cefaléia e náuseas. Foi submetida a indução de par-
to, entretanto apresentou sangramento vaginal em grande
quantidade e choque hipovolêmico, sendo submetida a
parto cesárea de urgência. No pós- parto mantém níveis
pressóricos aumentados e oscilantes; evoluiu com piora da
instabilidade hemodinâmica e dispnéia, sendo realizada in-
tubação orotraqueal e drogas vasoativas. Evolui com ana-
sarca e anúria sendo feita hemodiálise de emergência. Três
dias após esse quadro apresenta melhora hemodinâmica
e é extubada com sucesso, porém apresenta amaurose a
direita, anisocoria a esquerda e plegia de membro inferior
direito. Recebe alta dezesseis dias após, estável hemodina-
micamente, com melhora do quadro clínico permanecen-
do apenas com leve déficit motor a direita.
Instituição:
Hospital Geral de Carapicuíba – SP
RESULTADOS PERINATAIS DE MULHERES
COM TETRALOGIA DE FALLOT
Autores:
Miraldi, P.; Flosi, L.; Silva, F.B.; Elmec, A.R.; Ma-
chado, A.; Pimenta, E.J.
Sigla:
O040
Objetivo: Determinar os resultados perinatais de gestan-
tes com Tetralogia de Fallot. Métodos: um estudo retros-
1...,89,90,91,92,93,94,95,96,97,98 100,101,102,103,104,105,106,107,108,109,...209