ANAIS - XIX CONGRESSO PAULISTA DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA - page 105

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OBSTETRÍCIA
XIX
Congresso Paulista de Obstetrícia e Ginecologia
terói, São Gonçalo, Maricá, Itaborai, Tanguá, Rio Bonito e
Silva Jardim. As seguintes variáveis foram estudadas: ida-
de, sintomatologia, método diagnóstico, histopatologia,
nível inicial de gonadotrofina coriônica humana, tempo
de seguimento e desfecho desses casos. RESULTADOS.
A mediana da idade das pacientes com DTG foi de 26
anos. No momento do diagnóstico, 90% (351/390) das
pacientes apresentaram sangramento transvaginal, 46%
(181/390) apresentaram útero aumentado para a idade
gestacional, 35% (140/390) desenvolveram hiperemese,
20% (8/390) tinham cistos tecaluteínicos (Figuras 1 e 2) e
9% (35/390) desenvolveram pré-eclampsia, 4% (18/390)
apresentaram hipertiroidismo e 2% (4/180) desenvol-
veram edema pulmonar (Figuras 3 e 4 ). O diagnóstico
foi realizado por ultrassonografia em 80% (312/390) dos
pacientes, pela histopatologia em 15% (58/390), por
apresentação clínica em 5% (20/390), por eliminação
de vesículas em 3% (9/390). Histerectomia foi realizada
para esvaziamento uterino em 1% (6/390) das pacientes.
O exame histopatológico dos espécimes diagnosticados
revelou 71% (280 /390) dos casos como mola hidatifor-
me completa e 29% (110/390) como mola hidatiforme
parcial. As pacientes com gravidez molar foram acompa-
nhadas por oito meses em média (extremos: 6-27 meses,
DP = 2 meses); com 80% (256/320) das pacientes evolui-
ram com remissão espontânea e 20% (78/390) evoluíram
para neoplasia trofoblástica gestacional, com 100% de
cura após a quimioterapia. CONCLUSÃO. DTG é anomalia
da gravidez que deve ser tratada em Centros de Referên-
cia a fim de reduzir a morbi-mortalidade materna.
Instituição:
Hospital Universitário Antonio Pedro – RJ
RELATO DE CASO: NEOPLASIA
TROFOBLÁSTICA GESTACIONAL ULTRA-
ALTO RISCO COM MÚLTIPLAS METÁSTASES
HEPÁTICAS
Autores:
Sun, S.Y.; Ishigai, M.M.; Signorini, R.C.; Arcover-
de, F.V.L.; Moron, A.F.; Tolentino, G.S.
Sigla:
O052
INTRODUÇÃO: A neoplasia trofoblástica gestacional en-
globa mola invasora, coriocarcinoma, tumor trofoblásti-
co do sítio placentário e tumor trofoblástico epitelióide,
originários do trofoblasto. Seu tratamento é realizado
conforme estadiamento FIGO 2002. Para pacientes de
alto risco, escore ≥ 7 ou IV–metástases disseminadas, há
indicação de poliquimioterapia(QT), sendo o EMA-CO a
primeira escolha, com sobrevida de 91 a 93%. Os casos
com estadiamento >12 são graves, bem como aqueles
com metástase hepática, e classificados como ultra-alto
risco, associando-se com frequência à falha do EMA-CO.
Nestas situações alguns estudiosos do tema sugerem
esquema EP-EMA como primeira escolha. DESCRIÇÃO:
EGS, 35 anos, diagnosticada com mola incipiente em
anatomopatológico de produto de curetagem realizada
em mar/13. ßhCG ficou indetectável 3 meses após esva-
ziamento, com elevação 7 meses após, em out/13. Pri-
meiro atendimento no nosso serviço em jan/14, apresen-
tando: ßhCG 179.000,00mUI/ml, tomografia (TC) de tórax
dois nódulos pulmonares; TC abdome múltiplas imagens
nodulares hepáticas. TC crânio e ecografia transvaginal
de pelve sem alterações. Revisão de lâminas compatível
com mola hidatiforme completa. Estadiamento IV, devi-
do às metástases hepáticas. Adotamos regime de poli-
quimioterapia com dois ciclos de indução EP baixa dose
(etoposida 100 mg/m2 e cisplatina 20 mg/m2), seguidos
pelo regime EP-EMA (Newlands e col. 2000) modificado
segundo Michelin e col, 2007(D1 etoposida 150mg/m2
+ cisplatina 75mg/m2 e D8 etoposida 100mg/m2, meto-
trexate 300 mg/m2, actinomicina D 0,5 mg, ácido folínico
15 mg VO 12/12 h, 4 doses) e Granulokine® profilático
entre os três primeiros ciclos. RELEVÂNCIA: Relatar caso
de NTGUAR, com múltiplas metástases hepáticas, no
qual foi optado por esquema de QT alternativo ao que
consta classicamente na literatura. COMENTÁRIOS: Pa-
ciente completou sete ciclos de EP-EMA até o momento
com negativação dos níveis de bhCG. Apresentou alopé-
cia, náuseas e vômitos, além de plaqueto e neutropenia,
efeitos adversos grau dois que atrasaram quarto e quinto
ciclos. Está realizando o primeiro de três ciclos de conso-
lidação após negativação do ßhCG.
Instituição:
Universidade Federal de São Paulo – Escola
Paulista de Mediciana – SP
TAXA DE VISUALIZAÇÃO PARA AS ÁREAS
DOS MÚSCULOS PAPILARES DO CORAÇÃO
FETAL POR MEIO DA ULTRASSONOGRAFIA
TRIDIMENSIONAL E SUA APLICABILIDADE
NAS CARDIOPATIAS CONGÊNITAS
Autores:
Rolo, L.C.; Araújo Júnior, E.; Rizzo, G.; Petrolucci,
M.; Nardozza, L.M.M.; Moron, A.F.
Sigla:
O053
Objetivo: Avaliar o percentual de identificação da área dos
músculos papilares da mitral e da tricúspide, entre 18 e 34
semanas usando STIC no modo de renderização;validar
os dados volumétricos em fetos com doença cardía-
ca congênita (DCC) confirmada. Métodos: Este estudo
consistiu na análise retrospectiva de 40 volumes com
DCC. Dois examinadores diferentes analisaram 40 volu-
mes cardíacos de fetos com CHD, coletados no Depar-
tamento de Obstetrícia e Ginecologia da Universidade
de Roma “Tor Vergata“. Os músculos papilares avaliados
foram o ântero-lateral (MPAL) e póstero-medial (MPPM)
na válvula mitral e ântero-superior (MPA), inferior (MPI)
e septal (MPS) na válvula tricúspide. Para verificar a taxa
1...,95,96,97,98,99,100,101,102,103,104 106,107,108,109,110,111,112,113,114,115,...209