 
          
            263
          
        
        
          
            OBSTETRÍCIA
          
        
        
          
            ANAIS
          
        
        
          PACIENTES E MÉTODOS. Trata-se de estudo retrospecti-
        
        
          vo, tipo coorte não concorrente, colaborativo interinsti-
        
        
          tucional, realizado nos Centros de Referência em Doença
        
        
          Trofoblástica Gestacional da SCMRJ, HUAP-UFF, ME-UFRJ
        
        
          e o Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goi-
        
        
          ás. Foram analisados prontuários médicos de pacientes
        
        
          com DTG acompanhadas nesses Serviços, entre os anos
        
        
          de 2002 e 2013. Das 3353 pacientes atendidas nos Cen-
        
        
          tros de Referência participantes desse estudo, entre 2002
        
        
          e 2013, foram excluídas 673, entre as quais 652 (96%)
        
        
          pacientes devido seguimento pós-molar incompleto e
        
        
          21 pacientes que engravidaram durante o seguimento
        
        
          pós-molar. RESULTADOS. Foram estudadas 2680 pacien-
        
        
          tes com MH acompanhadas nos Centros de referência
        
        
          participantes dessa investigação entre os anos de 2002
        
        
          e 2013 (1795 (67%) casos de MHC com 25% (448) de
        
        
          progressão para NTG; 872 (32,6%) casos de MHP com
        
        
          7% (61) de evolução para NTG e 13 (0,4%) casos de gra-
        
        
          videz molar gemelar (GMG) com progressão de 15%
        
        
          (2) para NTG). Quando se analisa o risco de NTG após
        
        
          a normalização de hCG nos diferentes tipos de gravidez
        
        
          molar, observou-se sua ocorrência em 1/1795 dentre as
        
        
          pacientes com MHC,de 1/872,dentre as pacientes com
        
        
          MHP (p<0,0001; IC 95%: 0,02-0,6%) e em nenhuma das
        
        
          pacientes com GMG. Intervalo de tempo para remis-
        
        
          são da mola hidatiforme teve mediana de 84 dias Já o
        
        
          intervalo de tempo para o diagnóstico de NTG após a
        
        
          normalização de hCG foi de 18 meses. Por ocasião do
        
        
          diagnóstico da NTG após a normalização de hCG, 100%
        
        
          das pacientes apresentaram alguma sintomatologia: 5/9
        
        
          (56%) relataram amenorreia, 2/9 (22%) cursaram com
        
        
          hemorragia uterina, 1/9 (11%) com dispneia e 1/9 (11%)
        
        
          com hemoptise. Sobrevida livre da NTG após normaliza-
        
        
          ção de hCG foi consignada em 89% (8/9) das pacientes,
        
        
          com 1 caso de morte materna, cuja necropsia diagnos-
        
        
          ticou coriocarcinoma hepático metastático .Conclusões.
        
        
          O risco de NTG após a normalização de hCG é ínfimo e
        
        
          quando ela ocorre dificilmente o seguimento habitual de
        
        
          6 meses será capaz de diagnosticá-la.
        
        
          
            Instituição:
          
        
        
          Hospital Universitario Antonio Pedro – RJ
        
        
          
            USO DE CONTRACEPÇÃO HORMONAL
          
        
        
          
            ANTES DA REMISSÃO DE HCG NÃO
          
        
        
          
            AUMENTA O RISCO DE NEOPLASIA
          
        
        
          
            TROFOBLÁSTICA GESTACIONAL PÓS- MOLA
          
        
        
          
            HIDATIFORME COMPLETA
          
        
        
          
            Autores:
          
        
        
          Braga Neto, R.A.; Maestá, I.; Short, D.; Obeica,
        
        
          B.; Seckl, M.; Savage, P.
        
        
          
            Sigla:
          
        
        
          O050
        
        
          INTRODUÇÃO. Existem dados conflitantes sobre o risco
        
        
          de neoplasia trofoblástica gestacional (NTG) após mola
        
        
          hidatiforme (MH) quando contraceptivos hormonais
        
        
          (CH) são iniciados enquanto o hCG ainda está elevado
        
        
          no seguimento pós-molar. OBJETIVO. Avaliar o risco de
        
        
          NTG pós-mola hidatiforme completa (MHC) entre usu-
        
        
          árias de CH. MÉTODOS. Coorte de 2423 pacientes com
        
        
          MHC acompanhadas no Charing Cross Trophoblastic Di-
        
        
          sease Center – Charing Cross Hospital – Imperial Colle-
        
        
          ge School of Medicine (London, Reino Unido), entre os
        
        
          anos de 2003 e 2013. Nessa população, 154 pacientes
        
        
          eram usuárias de CH (de baixa dosagem) e 2269 utiliza-
        
        
          vam outros métodos contraceptivos (não hormonais). O
        
        
          desenho do estudo pode ser avaliado na Figura 1. Vari-
        
        
          áveis do estudo: intervalo de tempo para normalização
        
        
          do hCG, ocorrência de NTG pós-molar e FIGO escore. Foi
        
        
          utilizado o teste de Mann-Whitney para comparar a du-
        
        
          ração do seguimento usuárias de HC e não-usuárias. A
        
        
          relação entre o uso do HC e desenvolvimento NTG foi
        
        
          avaliada pelo teste do Qui-quadrado e um modelo de
        
        
          regressão logística ajustada por idade foi utilizado para
        
        
          corrigir essa variável de confundimento. A relação entre
        
        
          o uso de CH e o FIGO escore de risco foi avaliada pelo
        
        
          teste exato de Fisher. RESULTADOS. Os resultados dessa
        
        
          investigação podem ser analisados nas tabelas 1 e 2. O
        
        
          intervalo para remissão da MH: 12 semanas vs 12 sema-
        
        
          nas, p = 0,192; ocorrência de NTG: 20 % VS 16,7%, p =
        
        
          0,266; e escore de risco FIGO (p = 0,152) não diferiram
        
        
          entre os usuários de CH e não-usuários de contracepção
        
        
          hormonal no seguimento pós-molar, respectivamente.
        
        
          Não foi observada nenhuma associação entre o uso de
        
        
          CH antes de remissão e a ocorrência de NTG pós-molar.
        
        
          CONCLUSÕES. Nossos resultados mostram que o uso de
        
        
          CH em baixas doses antes da remissão de hCG não está
        
        
          associada com o desenvolvimento de NTG pós-MHC.
        
        
          Consequentemente, HC pode ser seguramente utilizada
        
        
          em pacientes com MH a fim de evitar nova gravidez, in-
        
        
          dependentemente do nível de hCG.
        
        
          
            Instituição:
          
        
        
          Hospital Universitário Antonio Pedro – RJ
        
        
          
            EXPERIÊNCIA DO CENTRO DE DOENÇA
          
        
        
          
            TROFOBLÁSTICA GESTACIONAL DO
          
        
        
          
            HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ANTONIO PEDRO
          
        
        
          
            DA UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
          
        
        
          
            Autores:
          
        
        
          Braga Neto, A.R.; Obeica, B.; Marcolino, L.; Vas-
        
        
          ques, F.; Moraes, V.; Lozoya, C.
        
        
          
            Sigla:
          
        
        
          O051
        
        
          OBJETIVO: Apresentar a epidemiologia da doença trofo-
        
        
          blástica gestacional (DTG) do Hospital Universitário An-
        
        
          tonio Pedro (HUAP) da Universidade Federal Fluminense
        
        
          (UFF). PACIENTES E MÉTODOS. Foram acompanhadas
        
        
          390 pacientes com DTG no HUAP/UFF entre janeiro de
        
        
          1990 e dezembro de 2013. Esse hospital terciário atende
        
        
          pacientes oriundas dos municípios da Região Metropo-
        
        
          litana II do Estado do Rio de Janeiro, municípios de Ni-