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OBSTETRÍCIA
ANAIS
pequena diferença na precisão do teste não-invasivo
para as pacientes de FIV em comparação as gestações
espontâneas (97% vs 100%), com algumas diferenças
para os valores preditivos positivo (PPV) entre os forne-
cedores. No entanto, vale ressaltar que a utilização do
teste pré-natal não-invasivo reduziu em 88% a realiza-
ção da amniocentese evitando risco para mãe e feto.
Instituição:
IVIOMICS – Laboratório de Medicina Gené-
tica – SP
OS EXAMES DE IMAGEM NA GESTANTE
CARDIOPATA
Autores:
Soares, A.S.S.; Soares, F.R.
Sigla:
O018
OBJETIVOS: Revisar na literatura os principais exames
de imagens que poderão ser solicitados na investiga-
ção de cardiopatias na gestação. MÉTODOS: Revisão
de literatura publicada sobre o tema nos últimos 10
anos. INTRODUÇÃO: O estudo das cardiopatias na
gestação é fundamental, já que no Brasil, a incidência
de cardiopatia na gravidez é, em centros de referên-
cia, de até 4,2%. Para tal, muitas vezes são necessários
exames diagnósticos de imagem. O presente trabalho
visa apresentar os principais exames e seus riscos para
a gestante cardiopata. O eletrocardiograma (ECG), o
Holter e o ecodopplercardiograma são métodos segu-
ros na gestação e reduzem a necessidade de exames
invasivos. Nas Radiografias os efeitos teratogênicos
não são observados com exposições menores de 5
rads, e devem ser realizados com proteção abdominal
por avental de chumbo. A Tomografia computadoriza-
da (TC) – Pode ter a quantidadede radiação reduzida,
utilizando a técnica de curto tempo de exposição. A
angiografia está contraindicada nas primeiras 14 se-
manas de gestação. Cintilografia pulmonar perfusio-
nal pode ser realizada com segurança. São contrain-
dicadas, na gestação a flebografia com fibrinogênio
marcado com I125 (atravessa a placenta e se acumu-
la na tireoide do feto, liberando uma dose fetal de 2
rads); e as cintilografias que utilizam Gálio-67. Res-
sonância nuclear magnética (RNM) por não produzir
radiação ionizante e sem contraste, pode ser utilizada
quando a ultrassonografia não for esclarecedora. Tes-
te ergométrico – Pode ser realizado quando não há
contraindicação obstétrica ao esforço, desde que uti-
lizado teste de esforço submáximo. RESULTADOS:
As
cardiopatias na gestação devem ser cuidadosamente
acompanhadas, já que representam importante cau-
sa de morbi/mortalidade materna. No presente tra-
balho de revisão, podemos notar que grande parte
dos exames podem ser realizados sem grandes riscos
para a gestante ou feto.
CONCLUSÕES: No pré-natal
da gestante cardiopata o obstetra deve estar atento
aos exames solicitados e principalmente discutir o ris-
co/benefício dos mesmos, individualizando cada caso
para assim promover um pré-natal com o mínimo de
riscos para o binômio gestante/feto.
Instituição:
FAMERP – São José do Rio Preto – SP
USO DE MEDICAMENTOS
ANTICONVULSIVANTES POR GESTANTES
SUS-DEPENDENTES
Autores:
Martins, A.F.; Silva, M.O.M.; Ono, G.Y.B.; Druzian,
S.; Lazarini, C.A.
Sigla:
O019
Objetivo: Avaliar, em gestantes usuárias do Sistema
Único de Saúde (SUS) do município de Marília-SP, o
uso de medicamentos anticonvulsivantes e classificá-
-los segundo a Food and Drugs Administration (FDA).
Métodos: Estudo transversal analítico quantitativo
com 401 gestantes utilizando formulário estruturado.
Trabalho aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa
da Faculdade de Medicina de Marília sob nº 259.950.
Resultados: Das entrevistadas, seis (1,5%) faziam uso,
antes da concepção, de um medicamento anticonvul-
sivante cada. Dessas, três continuaram utilizando es-
ses medicamentos e uma passou a utilizar mais um.
Os dados mostram que duas gestantes utilizavam
Oxicarbazepina (risco C segundo o FDA – ausência de
estudos em animais ou mulheres grávidas ou estudos
em animais demonstrando risco ao concepto), indi-
cado para crises tônico clônicas parciais ou nevralgia
do trigêmio, mantendo seu uso durante a gestação. É
prescrito na gravidez, uma vez que a Fenitoína e o Áci-
do Valpróico, indicados para os mesmos fins, ofere-
cem maior risco para o concepto. A Fenitoína (risco D
– evidência positiva de risco para o concepto, porém
os benefícios potenciais para a grávida podem justifi-
car seu risco) foi utilizada antes e durante a gestação
por uma gestante, que passou a associar o Fenobar-
bital (risco D). O Fenobarbital pode resultar em mal-
formações menores (hipoplasia de falanges e pelve), e
maiores, quando associadas a outros anticonvulsivan-
tes. Em associação ao Fenobarbital, a Fenitoína pode
implicar em fetos com dimorfoses faciais, microcefalia
e crescimento intrauterino restrito. O Ácido Valprói-
co (risco D), utilizado por uma gestante, teve seu uso
interrompido na gestação, pois pode causar defeitos
na formação renal, cardiovascular, de vias urinárias,
dismorfismo facial, hidrocefalia ou braquicefalia. A
Carbamazepina (risco D), utilizada pré-concepção por
duas gestantes, foi também suspensa, já que pode
ocasionar malformações múltiplas. Conclusão: O uso
destes medicamentos durante a gestação deve ser
