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XIX
Congresso Paulista de Obstetrícia e Ginecologia
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GINECOLOGIA
pois a doença gera perda da qualidade de vida do pa-
ciente e o atraso diagnóstico pode cursar com doença
grave, com acometimento ocular, vascular ou neural,
necessitando tratamentos mais agressivos. O Gineco-
logista deve estar atento, visto que quadros de úlceras
genitais são relativamente freqüentes em sua prática
diária.
Referências: 1-Z Saleh and T Arayssi. Update
on the therapy of Behçet disease Ther Adv Chronic
Dis 2014, Vol. 5(3) 112–134. 2-Saadoun and Wechsler
Orphanet. Behçet’s disease. Journal of Rare Diseases
2012,7:20
. 3- Ha-
temi, G., Yazici, Y. and Yazici, H. (2013) Behcet’s syndro-
me. Rheum Dis Clin North Am 39: 245–261.
Instituição:
Faculdade de Medicina do ABC Paulista –
Santo André – SP
EMBOLIZAÇÃO NA MIOMATOSE UTERINA –
ANÁLISE DE VINTE CASOS
Autores:
Schultz, C.; Silva, A.C.B.; Barbosa, T.R.; Brito,
L.X.B.A.
Sigla:
G187
Introdução: Miomas uterinos causam repercussões clíni-
cas consideráveis para as portadoras apesar de sua natu-
reza benigna. Possuem abordagem clínica ou cirúrgica. A
partir da década de 90 com o surgimento da cirurgia mi-
nimamente invasiva, experimentavam-se propostas via
videolaparoscópica, histeroscópica e endoscópica. Pos-
teriormente, a cirurgia percutânea para embolização de
miomas obteve sua primeira citação. Tal procedimento
promove uma necrose isquêmica completa dos miomas,
controlando a sintomatologia provocada pelos mesmos.
A descrição a seguir demonstra casos de sucesso com
esse tratamento. Metodologia: Foram revisados vinte
prontuários referentes à 2010/2012 de pacientes subme-
tidas à embolização de miomas. As candidatas à embo-
lização foram apropriadamente selecionadas, todas com
objetivo de preservar seus úteros. Todos os casos referi-
ram fim dos sintomas. Foram realizadas ultrassonografias
pré e pós embolização a fim de avaliar o novo volume
uterino comprovando resposta ao tratamento, positiva
nos vinte casos. Pacientes que apresentaram febre e dor
no pós-operatório foram devidamente medicadas, sen-
do somente essas as intercorrências observadas. Diante
de metrorragia, cólica de alta intensidade muitas vezes
associados a um exame físico normal, deve-se investigar
a paciente com exames complementares de imagem. Se
diagnóstico confirmado, a conduta será definida através
de critérios como idade, paridade, extensão, e apresen-
tação clínica da patologia. Conclusão: O tratamento pro-
posto conferiu a esses pacientes um pós-operatório se-
guro e eficaz, com recuperação em período satisfatório,
curto tempo cirúrgico, consequentemente menor risco,
além de um retorno precoce às atividades.
Instituição:
Hospital São José do Avaí – Itaperuna – RJ
RELATO DE CASO: MESOTELIOMA
PAPILÍFERO COMO DIAGNÓSTICO
DIFERENCIAL COM CISTADENOMA SEROSO
Autores:
Barbosa, L.C.; Cruz, T.M.; Barbosa, P.C.; Fasanelli,
P.; Gonçalves, F.S.; Costa, A.M.
Sigla:
G189
INTRODUÇÃO: O mesotelioma papilífero bem diferen-
ciado (MPBD) é uma neoplasia incomum, geralmente
assintomática e encontrada incidentalmente durante
procedimentos cirúrgicos. Essa neoplasia de peritônio
acomete principalmente mulheres com idade entre 30
e 50 anos e usualmente manifesta-se como lesões no-
dulares pequenas, múltiplas ou solitárias. Geralmente
apresenta comportamento indolente, porém a sobrevida
além de 12 anos é rara. DESCRIÇÃO DO CASO – Pacien-
te 42 anos, feminino, encaminhada para o nosso serviço
devido metrorragia e útero volumoso com miomato-
se, sendo indicada histerectomia abdominal. Realizado
histerectomia subtotal devido dificuldade técnica pela
obesidade e como achado adicional ascite volumosa e
múltiplos pequenos implantes em serosa do útero, pe-
ritônio parietal, omento e peritônio vesical. Os ovários
estavam anatomicamente normais bilateralmente. Ini-
cialmente a hipóteses diagnóstica dos cirurgiões seriam
implantes metastáticos de etiologia a esclarecer e como
o resultado do exame anatomopatológico inicialmente
evidenciou cistadenoma seroso (CS) e os ovários esta-
vam anatomicamente normais foi então solicitado revi-
são de lâmina e entrado em contato com o patologista
para melhor descrição do achado intra operatório. Após
revisão do caso, tivemos como diagnóstico de mesote-
lioma papilífero bem diferenciado de baixo grau. O lí-
quido ascítico foi negativo para neoplasia. Solicitado
exame imuno-histoquimico com resultado EMA positivo,
Vimentina negativo, AE1/AE3 positivo, CK5/6 positivo
focal e confirmado Mesotelioma Papilífero. COMENTÁ-
RIOS: Devido as características histopatológicas de cé-
lulas agrupadas em conformação papilar é necessário
estabelecer o diagnóstico diferencial entre MPBD e CS.
Apesar do MPBD ter comportamento indolente, é neces-
sário acompanhamento por longo período em função do
seu potencial em transformar-se em mesotelioma ma-
ligno difuso (MMD). Diferentemente do MMD, que tem
uma ligação comprovada com a exposição ao asbesto, a
associação etiológica do MPBD com este ainda não está
estabelecida. A paciente segue em acompanhamento
com a cirurgia oncológica de hospital especializado.
Instituição:
Hospital de Base da faculdade de Medicina
de São José do Rio Preto – FAMERP – São José do Rio
Preto – SP
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