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OBSTETRÍCIA
XIX
Congresso Paulista de Obstetrícia e Ginecologia
e obstetrícia quanto às habilidades e autoconfiança no
atendimento de emergências no parto. Métodos: Estudo
prospectivo de validação de instrumento constituído por
afirmativas sobre atendimento nas emergências: parto
pélvico (n=23), distocia de ombros (n=20), hemorragia
pós-parto (n=24), parto fórcipe (n=32) e vácuo extrator
(n=5). Os participantes opinaram sobre cada item segun-
do escala de Likert (0=discordo plenamente, 1=discordo
parcialmente, 2=indiferente, 3=concordo parcialmente e
4=concordo plenamente). O questionário foi aplicado a
12 especialistas em ginecologia e obstetrícia esperando-
-se encontrar nível de compreensão superior a 80%. Uma
escala de cinco pontos foi empregada para avaliar a com-
preensão de cada questão (0=não entendi nada a 5=en-
tendi perfeitamente e não tenho dúvidas). Valores acima
de 4 foram considerados indicadores de compreensão
suficiente. A análise da confiabilidade interna foi pelo
coeficiente alfa de Cronbach. Para a validação externa fo-
ram calculadas a proporção de itens com plena compre-
ensão, por cada grupo. Para fins de investigação, o alfa
deve ser maior do que 0,7-0,8. Resultados: Os participan-
tes apresentavam média de idade de 33,3 anos (DP=5,0
anos) e tempo de formado médio de 5,8 anos (DP=1,3
anos). A média da proporção de participantes que com-
preenderam plenamente os itens de cada emergência
estudada foi: parto pélvico 96,0% (DP=0,08%), distocia
de ombros 97,1% (DP=0,04%), hemorragia pós-parto
99,7% (DP=0,02%), parto fórcipe 97,1% (DP=0,05%), e
vácuo extrator 98,3% (DP=0,04%). O alfa de Cronbach,
para os itens de cada emergência estudada foi: parto
pélvico 0,85 (limite inferior do IC95%=0,72), distocia de
ombros 0,74 (limite inferior do IC95%=0,51), hemorra-
gia pós-parto 0,79 (limite inferior do IC95%=0,61), parto
fórcipe 0,96 (limite inferior do IC95%=0,92), e vácuo ex-
trator 0,90 (limite inferior do IC95%=0,79). Conclusões: o
questionário estudado é instrumento útil para conhecer
e descrever a percepção do médico quanto as habilida-
des e a autoconfiança no atendimento de emergências
na assistência ao parto.
Instituição:
Departamento de Obstetrícia da Escola Pau-
lista de Medicina – UNIFESP – São Paulo – SP
RESULTADOS DAS INDUÇÕES DE PARTO NO
CAISM- UNICAMP
Autores:
Tortella, M.C.B.; Pinto, A.M.R.; Rehder, P.M.; Su-
rita, F.G.
Sigla:
O004
Objetivo: Avaliar os resultados das induções de parto
no no CAISM-UNICAMP entre 2010 a 2012, quanto aos
métodos utilizados, efetividade e segurança do proce-
dimento. Métodos: Estudo de corte transversal. Foram
incluídas parturientes de gestação única, feto vivo, viável,
sem malformação fetal e com necessidade da indução de
parto. Foram avaliados os métodos utilizados para pre-
paro cervical e indução do parto, isolados ou associados.
Os dados foram obtidos a partir da análise dos registros
de partos do Centro Obstétrico e prontuários médicos.
Resultados: No período estudado ocorreram aproxima-
damente 10.000 partos, destes, 1272 partos induzidos
(13%). As principais indicações de indução de parto fo-
ram patologia materna em 384 casos (30%), sendo as
patologias mais freqüentes diabetes e hipertensão com
respectivamente 13% e 12% do total dos casos; pós-da-
tismo em 367 gestantes (29%) e amniorrexe prematura
em 266 (21%). Foi realizado preparo de cervical com son-
da Foley ou misoprostol seguido de ocitocina em 21%
dos casos, utilizou-se somente ocitocina em 35% dos e
somente misoprostol em 18%. Dos casos analisados, 683
(53%) resultaram em cesariana, sendo 223 (33%) por fa-
lha de indução, 170 (25%) por sofrimento fetal, 140 (20%)
por desproporção céfalo-pélvica e 150 (22%) por outras
indicações. Entre as gestantes selecionadas 19% (248) ti-
nham uma cesariana prévia e destas apenas 31% tiveram
sucesso na indução do trabalho de parto. Das gestantes
sem antecedente de cesárea, 50% tiveram parto vaginal.
Não ocorreram complicações maternas ou perinatais
graves. Conclusão: Aproximadamente metade das mu-
lheres submetidas à indução de parto realizaram parto
vaginal ao invés de uma cesariana eletiva. A efetividade
da indução não foi alta, mas o procedimento foi seguro.
A ocitocina foi o método mais utilizado isoladamente ou
precedida do preparo cervical e apenas 1/5 das mulheres
realizou preparo cervical prévio. É necessário reavaliar a
utilização dos métodos para melhorarmos o sucesso das
induções no Serviço.
Instituição:
CAISM – UNICAMP – Campinas – SP
PERFIL DAS EPISIOTOMIAS E AVALIAÇÃO DO
GRAU DE LACERAÇÃO EM ADOLESCENTES
NO HOSPITAL ESTADUAL DE SAPOPEMBA
Autores:
Esteves, R.R.; Freire, R.A.; Mourad, A.E.K.; Gui-
marães R.V.; Oliveira, B.L.; Lovison, A.V.
Sigla:
O005
OBJETIVO: Analisar o grau de laceração perineal em ado-
lescentes (menores de 19 anos) e a indicação de episio-
tomia de acordo com a paridade. MÉTODO: Levantamen-
to e comparação de dados dos partos em adolescentes
por dados obtidos através do Livro de Partos no Hospital
Estadual de Sapopemba, em São Paulo. Foram consi-
derados para análise todos os partos, independente da
idade gestacional, num total de 3485 partos no período
de Janeiro a Dezembro de 2013.
RESULTADOS: A princí-
pio traçamos o perfil das adolescentes de acordo com a
idade separando-as em dois grupos distintos: o primei-
