ANAIS - XIX CONGRESSO PAULISTA DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA - page 88

247
OBSTETRÍCIA
ANAIS
mo-patológico evidenciou restos deciduais. Paciente
ficou internada durante 6 dias na patologia obstétrica,
recebendo alta com encaminhamento para o pré-natal
de alto risco, porém a paciente não compareceu. Com
esse estudo, conclui-se que as malformações uterinas
são mais comum do que diagnosticadas visto que, na
maioria das vezes, são assintomáticas. A gravidez é uma
situação oportuna para o diagnóstico.
Instituição:
Irmandade Santa Casa de Misericórdia de
São Paulo – SP
DIFERENÇAS ENTRE A FUNÇÃO DOS
MÚSCULOS DO ASSOALHO PÉLVICO DE
NULÍPARAS E MULTÍPARAS
Autores:
Petricelli, C.D.; Liste, M.; Araújo Júnior, E.; Ale-
xandre, S.M.; Zanetti, R.D.; Nakamura, M.U.
Sigla:
O014
Objetivo: Verificar se há diferenças entre a função dos
músculos do assoalho pélvico (MAP) de nulíparas e
multíparas no terceiro trimestre de gestação. Méto-
dos: Estudo observacional e transversal com amostra
de 60 gestantes hígidas, idade gestacional entre 35ª a
40ª semana gestacional e feto único. Foram excluídas
pacientes com sangramento genital, gravidez múltipla,
infecção do trato urinário inferior e ausência de con-
tração perineal. Para avaliação eletromiográfica (EMGs),
foi usado o equipamento EMG System do Brasil® mo-
delo 830C com oito canais. A paciente foi posicionada
em litotomia. A sonda vaginal (Chatanooga Grupo®),
responsável pela captação do sinal mioelétrico, foi in-
troduzida pela fisioterapeuta no terço médio do canal
vaginal com gel lubrificante KY (Johnson & Johnson’s).
Os sujeitos realizaram 3 contrações voluntárias máximas
(CVM) com 10 segundos de descanso entre elas; a me-
lhor delas foi selecionada. Após, o pesquisador, através
da palpação vaginal, verificou a força dos MAP pela Es-
cala Oxford Modificada (EOM), graduando a contração
muscular entre 0 a 5. Para verificar diferenças entre os
dois grupos nas variáveis: EMGs e EOM foram aplicados
os testes t-Student e Mann-Whitney. Para incontinência
urinária (IU), constipação, atividade física e tosse crôni-
ca realizaram-se os testes Qui-quadrado e Fischer com
nível de significância de 5% (0,05). Resultados: Das 60
pacientes, 30 eram nulíparas (N) e 30 eram multíparas
(M), (18 parturiram por via vaginal e 12 por cesariana).
Comparando os dois grupos, encontramos que a força
muscular (Escala Oxford N: 2,53 vs. M: 2,06 p=0,005) e a
atividade elétrica dos MAP (N:45,35mV vs. M: 35,79mV
p=0,003) foi maior entre as nulíparas. Quanto aos fato-
res de risco, não encontramos diferenças entre os gru-
pos (tosse crônica M: 10% vs. N: 20% p=0,471; constipa-
ção M: 13,3% vs. N: 26,6% p=0,197; IU M: 63,3% vs. N:
50% p=0,297 e atividade física M: 16,6% vs. N: 30% p=
0,222). Clinicamente as multíparas apresentaram maior
queixa de IU do que as nulíparas. Conclusão: As nulí-
paras tiveram maior força muscular e atividade elétrica
comparada às multíparas. Quanto aos fatores de risco,
não houve diferenças entre os grupos.
Instituição:
Universidade Federal de São Paulo / Escola
Paulista de Medicina – UNIFESP/EPM – SP
FREQUÊNCIA E FATORES MATERNOS
ASSOCIADOS À BRADICARDIA FETAL
DURANTE O EXERCÍCIO FÍSICO DE
INTENSIDADE MODERADA
Autores:
Modesti, R.T.; Melo, A.S.O.; Tavares, J.S.; Maciel,
B.D.; Leite, S.F.B.; Amorim, M.M.R.
Sigla:
O015
Objetivo: Determinar a frequência e os fatores mater-
nos associados à bradicardia fetal durante exercício
físico de intensidade moderada. Métodos: ensaio clí-
nico randomizado envolvendo gestantes sedentárias
de baixo risco que realizaram sessão única de exercício
físico aeróbico de intensidade moderada por um perí-
odo de 20 minutos. Foram consideradas 120 mulheres
entre 34 e 38 semanas de gestação, randomizadas para
exercício em esteira rolante ou bicicleta estacionária.
As gestantes foram monitoradas por um período de 60
minutos, divididos em três fases de 20 minutos: repou-
so, exercício e recuperação. A frequência cardíaca fe-
tal (FCF) foi acompanhada através de cardiotocografia
computadorizada em todos os períodos de acompa-
nhamento, sendo a bradicardia fetal avaliada a cada 10
minutos. A variável dependente foi a bradicardia fetal.
Foram avaliadas as seguintes variáveis maternas inde-
pendentes: idade, renda familiar, anos de estudo, peso
materno, peso fetal, tipo de exercício, glicemia e lacta-
to. Foram construídos modelos de regressão logística
para identificação dos principais fatores associados à
bradicardia fetal durante o exercício físico, conside-
rando-se o nível de significância de 5%. Resultados:em
relação à idade, a maioria das mulheres (69,8%) encon-
trava-se na faixa etária entre 20 a 34 anos. A obesidade
esteve presente em 46,1% das gestantes e a média do
peso fetal estimado foi de 2793g ± 327. A frequência
de bradicardia independente do grupo de exercício foi
de 36,7%, sendo de 32,1% no grupo da bicicleta e de
40,6% no grupo da esteira. Após análise de regressão
logística, observou-se uma associação positiva entre a
bradicardia fetal e o peso materno (coeficiente = 0,049,
erro padrão = 0,019 e p= 0,009). Conclusão: dentre
as variáveis estudadas o peso materno permaneceu
como único fator associado a bradicardia fetal durante
o exercício físico de intensidade moderada. Apesar da
1...,78,79,80,81,82,83,84,85,86,87 89,90,91,92,93,94,95,96,97,98,...209