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GINECOLOGIA
ANAIS
laboratoriais foram dosados os níveis de hormônio esti-
mulante da tireóide (TSH), tiroxina livre (FT4), triiodotiro-
nina livre (FT3), anticorpos anti- peroxidase (anti- TPO),
anticorpos anti- tireoglobulina (anti- TG). Resultados: AIT
era mais comum no grupo SOP em comparação com o
grupo não- SOP (43,1 % versus 26,2%), com o diagnósti-
co baseando-se na presença de autoanticorpos tireoidia-
nos, achados ultra-sonográficos e disfunçãotireoidiana.
Não houve diferença no nível de anticorpos anti – TPO
ou anti – TG entre os grupos . A prevalência de hipoti-
reoidismo subclínico (SCH) em mulheres com SOP foi de
16,9 %, bem acima da taxa de 2% estabelecida para as
mulheres jovens na população em geral. Conclusão: AIT
e SCH são mais comuns em mulheres com SOP, o que
aponta para a necessidade de uma monitorização perió-
dica da função tireoidiana nesse grupo de mulheres.
Instituição:
UNICAMP – Campinas – SP
TAXA DE RECORRÊNCIA DE PÓLIPOS
ENDOMETRIAIS E FATORES CLÍNICOS
ASSOCIADOS EM MULHERES SUBMETIDAS
À POLIPECTOMIA HISTEROSCÓPICA NO
CAISM-UNICAMP
Autores:
Ferreira, L.M.L.; Júnior, A.A.
Sigla:
G141
Objetivos: pólipos endometriais apresentam uma alta
prevalência, variando de 7,8% à 34,9%, e pouco se sabe
sobre sua recorrência após ressecção cirúrgica histeros-
cópica. Estudos na literatura mostram a recorrência des-
tes pólipos relacionada a condições como com o trata-
mento com tamoxifeno (TAM), e fatores clínicos, como
a baixa paridade, menopausa precoce, combinados aos
fatores hormonais. Este estudo tem como objetivo ava-
liar a taxa de recorrência de pólipos endometriais dentre
as mulheres submetidas à ressecção cirúrgica histeros-
cópica no CAISM-UNICAMP durante dez anos, relacio-
nando aos fatores clínicos predisponentes associados. E
assim, traçar um perfil da paciente com base nos fatores
de risco obtidos para direcionar a abordagem. Métodos:
revisão do banco de dados já existente destas pacien-
tes, identificando os casos de recorrência que ocorreram
neste período, através de um estudo de coorte trans-
versal. Suas características clínicas foram comparadas
utilizando-se os testes qui-quadrado, exato de Fisher ou
não paramétrico de Mann-Whitney. Resultados: de 1050
mulheres submetidas à polipectomia histeroscópica;
95% apresentavam idade acima de 40 anos e 74,5% se
encontravam na pós-menopausa, a taxa de recorrência
foi de 2,0%. Mais de 60% da recorrência ocorreu em mu-
lheres acima de 60 anos de idade, 81% se encontrava
na pós-menopausa; 95,2% não apresentava antecedente
de uso de terapia hormonal anterior a polipectomia, as-
sim como 71,4% das mulheres tinham hipertensão ar-
terial. Apresentaram maior taxa de recorrência mulheres
com Diabetes Mellitus (DM) (p=0,01), e antecedente de
câncer de mama (p=0,003); constatou-se 7,4% de recor-
rência com o uso de TAM, dos 21 casos, 9 eram usuá-
rias. Conclusões: a taxa de recorrência dos pólipos neste
estudo foi baixa e mostrou associação com o DM e o
antecedente de câncer de mama destas mulheres estu-
dadas, sendo todas usuárias de TAM. Mais estudos serão
necessários para que possamos determinar quais mulhe-
res necessitam de fato ser submetidas à polipectomia,
evitando procedimentos cirúrgicos desnecessários.
Instituição:
Universidade Estadual de Campinas (UNI-
CAMP) – Campinas – SP
RELATO DE CASO: TERATOMA TUBÁREO
MADURO
Autores:
Spadella, A.P.C.S.; Almeida, C.M.A.; Eras, A.E.E.;
Bonduki, C.E.B.; Dardes, R.C.D.; Ramos, D.G.R.
Sigla:
G142
Introdução: As massas anexiais possuem inúmeros
diagnósticos diferenciais e os exames de imagem nem
sempre são elucidativos. As pacientes podem ser assin-
tomáticas ou não; mas seu achado geralmente levanta
ansiedade devido à possibilidade de malignidade. Des-
crição do caso: Paciente K.C.C., 34 anos, procurou aten-
dimento devido dismenorréia. Nos antecedentes ape-
nas um parto cesáreo sem intercorrências há 18 anos.
Em ultrassonografia transvaginal: ovário esquerdo (OE)
com nódulo sólido e volume total 34,6cm3. Dosagem de
marcadores tumorais (CA 19-9, CEA e CA 125) normais.
Ressonância magnética: OE com volume de 29,25cm3,
às custas de formação cística, exofítica, em região an-
terior, medindo 3,0 x 2,4 cm, sem realce após contraste
venoso, caracterizando conteúdo hemático, de provável
origem endometrióide. Paciente foi submetida à videola-
paroscopia e visualizada formação sólido-cística em tuba
uterina esquerda e realizada salpingectomia. O estudo
anátomo-patológico revelou teratoma cístico maduro.
Discussão: Teratomas maduros são tumores caracteri-
zados pela presença de componentes dos três folhetos
embrionários: endoderma, mesoderma e ectoderma.
Apesar de serem tumores ovarianos freqüentes, os te-
ratomas primários da tuba são extremamente incomuns,
havendo apenas cerca de 60 casos descritos na literatura,
nenhum em nosso país. Mas assim como os ovarianos,
podem ser benignos ou malignos. A maioria são intralu-
minais e localizados no istmo ou ampola e têm sido as-
sociados à infertilidade, irregularidade menstrual, leucor-
réia e dor abdominal. A patogênese do teratoma tubário
não está esclarecida, mas acredita-se que se origina de
células germinativas primordiais que durante a migração
do saco vitelino às cristas gonadais falharam em alcançar
