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XIX
Congresso Paulista de Obstetrícia e Ginecologia
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GINECOLOGIA
INTRODUÇÃO: Dados mundiais têm demonstrado à bai-
xa, mas existente incidência de câncer invasor em jovens
abaixo de 25 anos. Nos Estados Unidos no período de
1.998 à 2.003, dentre os 10.846 de casos de câncer de
colo do útero, 1,1% em mulheres com idade inferior a
24 anos (39).Os dados da Fundação Oncocentro de São
Paulo (FOSP) demonstraram que no período de 2.000 à
2.009 que no total de 11.729 casos de carcinoma inva-
sor, 121, totalizando 1,03% eram em mulheres com até
24 anos. Na maioria das vezes estas mulheres não rea-
lizaram exame citopatológico prévio ou houve falha do
método. Vários autores têm descrito que a prevalência
de lesões intraepiteliais HPV induzidas tem aumentado
nas últimas décadas, e a média de idade no momento
do diagnóstico diminuiu, com o aumento da frequên-
cia entre os adolescentes e as mulheres com menos de
30 anos. No que diz respeito ao tratamento das lesões
precursoras de câncer de colo uterino nas adolescen-
tes e mulheres jovens, o tratamento conservador e /ou
expectante é preferido, a fim de reduzir as intervenções
sobre o colo do útero que possam ocasionar aumento
da morbidade obstétrica e neonatal. OBJETIVO: avaliar a
incidência de câncer de colo de útero e suas lesões pre-
cursoras em jovens, não estão previstas nas normas de
rastreamento do câncer cervical de nosso país, fato que
nos incentivou a este estudo. Métodos: estudo trans-
versal que avaliou exames citopatológicos em mulheres
jovens no município de Santo André.Resultados: Foram
realizados 15.366 exames citopatológicos das mulheres
jovens no período de 2.009 a 2.011 no município de San-
to André, onde foram 14.856 foram normais e 510 foram
alterados. Dos alterados encontramos 217 (42,55%) AS-
CUS, 280 (54,90%) LIEBG e 13 (2,55%) LIEAG. Conclusão:
Nosso estudo, corroborando com a literatura mundial,
demonstra que as jovens têm alta incidência de lesões
de baixo grau; somente a minoria é de alto grau, o que
justifica a idade do início do rastreamento. O tratamento
deve ser sempre conservador.
Instituição:
Faculdade de Medicina do ABC – SP
CISTADENOMA MUCINOSO
Autores:
Antunes, D.R.V.; Valente, V.; Ferreira, M.M.; Mota,
T.T.; Cinquetti, M.A.; Mariano, B.F.
Sigla:
G148
Os cistos de ovário benignos são tumores que se formam
a partir das células do epitélio germinativo e acumulam
várias substâncias no seu interior. Os mais frequentes
são o cistoadenoma seroso e o cistoadenoma mucinoso.
Esses tumores pertencem ao grupo das neoplasias das
células epiteliais-estromais superficiais. Os tumores mu-
cinosos benignos caracterizam-se pela parede espessa
e contêm muco, podendo ser pequenos, mas frequen-
temente atingem grandes diâmetros. Podem ser uni ou
multiloculados e são revestidos por uma única camada
de células colunares contendo grande quantidade de
mucina. O diagnóstico precoce é dificultado por dispor-
mos de propedêutica de rastreamento; seu diagnóstico
é firmado quando tomam grandes volumes e exames de
imagem são solicitados. Tais tumores acometem pacien-
tes no menacme (20 a 40 anos), mais comumente as-
sociados a nuliparidade, tabagismo, a não utilização de
anticoncepção ao longo da vida, história familiar, dentre
outros fatores. Relato de caso: MIGBL, 48 anos, admitida
no pronto socorro do Hospital Geral de Carapicuiba com
quadro de dor torácica a direita, inspiratória dependen-
te, dispneia aos mínimos esforços e aumento do volume
abdominal há 1 ano, com tumoracao extensa; da região
hipogastrica até epigástrio, limites imprecisos, irregular e
móvel. A propedêutica armada: massa sólido-cística com
17 litros de volume, que ocupava toda a cavidade pélvica
e se estendia até região epigástrica, sugestivo de tumo-
ração anexial ovariana esquerda. Paciente foi submetida
a laparotomia exploradora com salpingectomia direita e
omentectomia infracólica, cujo anatomopatológico evi-
denciou cistoadenoma mucinoso multilocular do ovário
e retalho de epiplon com focos de infiltrado linfocitário.A
gravidade deste caso reafirma a importância de um
atendimento primário adequado, afim de possibilitar um
diagnostico mais precoce. Dessa forma deve-se estimu-
lar as consultas de rotina anual mesmo diante das in-
certezas dos métodos propedêuticos de rastreamento.O
caso clínico em questão coincide com os fatores de risco
descritos na literatura, no entanto, considerando-se o
volume exorbitante ressalta-se o rastreamento ineficaz e
a negligencia da paciente.
Instituição:
Hospital Geral de Carapicuíba – SP
SARCOMA UTERINO COM DISSEMINAÇÃO
PERITONEAL
Autores:
Lima, J.R.; Prata, M.C.S.; Martins, A.L.M.; Fonse-
ca, J.H.; Fernandes, G.L.; Hime, L.F.C.C.
Sigla:
G149
Introdução: Sarcoma uterino é um subtipo raro caracte-
rizado pela diversidade clínica e pobre prognóstico. As
três variantes mais comuns são carcinossarcoma (50%),
leiomiossarcoma (30%) e sarcoma estromal endometrial
(15%). Além da identificação histológica, o estadiamento
no momento do diagnóstico é importante fator prognós-
tico. Descrição do caso: J.M.C., 59 anos, sexo feminino,
parda, natural de Canapi-AL procedente de São Paulo-SP,
menopausa há 19 anos e multigesta. Referiu aumento
progressivo do volume abdominal há um mês, associada
à sensação de pressão e dor pélvica. A tomografia de
abdome e pelve apresentou útero de volume 1641 cm3,
com contorno irregular, sugestivo de infiltração omental.
Foi submetida à laparotomia com visualização de útero
1...,55,56,57,58,59,60,61,62,63,64 66,67,68,69,70,71,72,73,74,75,...209