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XIX
Congresso Paulista de Obstetrícia e Ginecologia
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GINECOLOGIA
pofracionado. Realizadas 16 sessões de 265 cGY, num total
de 3975 cGY. Relevância: Recentes estudos vêm demons-
trando a não inferioridade da radioterapia administrada
hipofracionada. A revisão Cochrane revisou estudos que
somavam 7095 pacientes a maioria (89%) com tumor <
3cm, linfonodos negativos e margens livres. Nesta concluiu
se que ao avaliarmos recidiva local, efeito cosmético e So-
brevida global, não há diferenças significativas e com isto,
o hipofracionamento não é inferior ao tratamento clássi-
co. Recentemente foi apresentado a avaliação do estudo
START após 10 anos de seguimento e concluiu-se que a
terapia hipofracionada é segura e eficaz com relação a te-
rapia convencional ao comparar recorrência loca
Instituição:
UNIFESP – EPM – SP
RECIDIVA DE CÂNCER DE MAMA EM MAMA
RECONSTRUÍDA
Autores:
Xavier, M.B.; Camacho, A.T.; Bezerra, R.; Cabral,
L.M.
Sigla:
G115
Introdução: A reconstrução mamária tem sido cada vez
mais utilizada em pacientes submetidas à mastectomia
radical modificada por câncer de mama, com melhora
perceptível na auto-estima dessas pacientes, diminuindo
o sentimento de mutilação e promovendo um bom re-
sultado estético, sem alterar o prognóstico da doença.
Acreditava-se não haver risco de recorrência do câncer na
mama reconstruída devido à remoção completa do tecido
mamário. Todavia, exames histopatológicos têm compro-
vado que pode restar uma pequena quantidade de teci-
do mamário local após a mastectomia, tendo este tecido
remanescente alto potencial de malignidade. O objetivo
desse estudo é relatar a recidiva de neoplasia maligna em
neomama devido sua raridade. Relato de Caso: M.A., 52
anos, com recidiva de câncer de mama ductal infiltrante
na mama reconstruída; operada há três anos por carcino-
ma ductal infiltrante G3 HER-2, submetida a mastectomia
radical e pesquisa de linfonodo sentinela e reconstrução
mamária imediata com retalho de músculo grande dor-
sal e prótese de silicone. Discussão: CHANCES, L. O. et al
(2010) Contatou que o diagnóstico da recidiva de câncer
em neomama é mais eficaz pelo acompanhamento clínico;
dentro de um universo de 103 mulheres acompanhadas
clinicamente 5,8% teve recidiva de neomama. Já LOUVEI-
RA, M. H. et al (2006) defende o uso de ultrassonografia
das mamas e mamografia para um diagnóstico de lesões
impalpáveis, ou seja, mais precoces. O acompanhamento
clínico das pacientes com histórico de câncer de mama e
reconstrução mamária é essencial. Através do exame clí-
nico minucioso associado à métodos complementares, os
diagnósticos de recidiva de câncer de mama em pacientes
com mamas reconstruídas está cada vez mais precoce, re-
sultando em melhores prognósticos.
Instituição:
Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba –
João Pessoa – PB
TERATOMA BILATERAL: RELATO DE CASO
Autores:
Alves, B.M.M.P.C.; Barbosa, F.D.; Cardoso, M.M.L.;
Santos, R.L.C.; Soares, P.R.G.; Fontes, T.M.P.
Sigla:
G116
Introdução. O teratoma maduro surge na idade fér-
til com rara transformação maligna e apresentando
os três folhetos embrionários. É o tumor germinati-
vo benigno mais comum. Caracterizam-se por serem
uniloculares contendo folículos pilosos e um mate-
rial de consistência sebácea. Geralmente são uni-
laterais e a bilateralidade ocorre em cerca de 10%
dos casos. Podem ser encontrados folículos pilosos,
cartilagem, osso, dentes, área de calcificação e teci-
do tireoidiano. Relato do Caso. Uma paciente de 24
anos foi atendida no ambulatório de ginecologia, as-
sintomática, por apresentar alteração em exame ul-
trassonográfico de rotina. O exame ginecológico era
prejudicado pelo biótipo da paciente, mesmo após
realização de manobras. A ressonância magnética da
pelve apresentava blocos anexiais com característi-
cas de sinal variados destacando-se amplo predo-
mínio do componente de sinal gorduroso em todas
as ponderaçõe, com múltiplas loculações contendo
também tecido indicativo de linhagem embrionária
diversa, sendo compatíveis com tumores de linha-
gem germinativa (provavelmente teratomas madu-
ros teratodermóides). Os blocos ovarianos estavam
aproximados e aderidos à linha média no plano su-
pravesical, o direito com cerca de 9,0 x 6,2 x 6,7 cm
e o esquerdo com cerca de 9,1 x 7,5 x 7,0 cm. Os
tecidos ovarianos encontravam-se deslocados na pe-
riferia das respectivas massas. A dosagem do CA 125
U/mL foi de 38,9 e CEA de 0,95 U/mL. A paciente foi
submedida a laparotomia exploradora, sendo encon-
trando um tumor de ovário bilateral, ambos medindo
cerca de 8 cm. A análise histológica da peça cirúrgica
pela técnica de congelação intraoperatória, confir-
mada no pós-operatório pela técnica de inclusão em
parafina, revelou o diagnóstico de teratoma maduro
de ovário. A paciente foi submetida à tumorectomia
bilateral. Relevância. Relatar a raridade do caso para
compor a casuística da bilateralidade dos tumores
de ovário e sua conduta cirúrgica, sobretudo nesta
jovem paciente. Comentários: Nas pacientes em ida-
de reprodutiva a conduta mais acertada é a cirurgia
conservadora: tumorectomia preservando o parên-
quima ovariano adjacente para preservação da fun-
ção hormonal e fertilidade.
Instituição:
Bárbara Mary Mucelli Pontini de Castro
Alves – RJ
1...,41,42,43,44,45,46,47,48,49,50 52,53,54,55,56,57,58,59,60,61,...209