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XIX
Congresso Paulista de Obstetrícia e Ginecologia
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GINECOLOGIA
pós-operatórias. Resultados: Aproximadamente 90% das
pacientes que realizaram a esterilização tinha idade entre
24 e 39 anos, sendo que a maior incidência foi na faixa
etária 28 a 31 anos (40%). Quanto à paridade, pratica-
mente 50% das pacientes eram multíparas, ou seja, pos-
suíam 4 ou mais filhos vivos, e que a procura do proce-
dimento foi crescente de acordo com o número de filhos
(secundíparas com aproximadamente 20% e tercíparas,
30%). A cirurgia foi realizada em até 6 meses em 40% das
pacientes e quase a totalidade dos procedimento em até
1 ano. O acesso cirúrgico foi abdominal em 80% do total,
e em 20% de cirurgias pela via vaginal. A incidência glo-
bal de complicações foi de 4,4%, sendo que a incidência
foi proporcionalmente maior na laqueadura pela via ab-
dominal (5%). A laqueadura vaginal complicou em 4.3%
dos procedimentos realizados. Conclusão: A laqueadura
tubária é um método contraceptivo acessível procurado
por mulheres, em sua maioria, de 28 a 31 anos e multípa-
ras. Sendo assim, ressalta-se a importância de, durante o
processo de planejamento familiar, esclarecer sobre defi-
nitividade do procedimento, tendo em vista que a maioria
das pacientes pertence a um intervalo de idade reprodu-
tiva que dista pelo menos 17 anos da idade média de me-
nopausa da mulher brasileira (Média = 48.1 anos. Fonseca
AM et al). Quando analisamos as questões técnicas do
procedimento, a laqueadura vaginal aparece com menor
número de complicações pós-operatórias, questionando-
-se assim a preferência pela via abdominal encontrada na
presente pesquisa e na literatura embasada sob o argu-
mento de menor número de complicações (Novak, 2002).
Instituição:
Centro Universitario Sao Camilo – SP
PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO DE
CRIANÇAS E ADOLESCENTES VÍTIMAS DE
VIOLÊNCIA SEXUAL ATENDIDAS EM UMA
MATERNIDADE DO ESTADO DA BAHIA.
Autores:
Casqueiro, J.S.; Vidigal, N.R.; Rabelo, M.M.; San-
tos, P.A.; Mançú, T.S.; Júnior, D.C.N.
Sigla:
G102
Objetivos: Descrever o perfil sociodemográfico das ado-
lescentes e crianças vítimas de violência sexual, bem se
o agressor era conhecido ou não, se existiu outros tipos
de violência associada e se resultou em gravidez. Méto-
dos: Estudo descritivo, com coleta retrospectiva, efetuado
a partir de dados extraídos de prontuários das crianças e
adolescentes, vítimas de violência sexual, atendidas no Ins-
tituto de Perinatologia da Bahia (IPERBA), referência para
atendimento as vítimas de violência sexual e para o abor-
tamento previsto na lei, no Município de Salvador-Bahia,
no período de 2011 a 2013. As variáveis utilizadas foram:
ano, faixa etária, estado civil, raça/cor, cidade/bairro, esco-
laridade, agressor, tipo de violência e se resultou ou não
em gravidez. A organização e apresentação dos dados foi
feita através de tabelas e gráficos utilizando o programa
Microsoft Excel Starter 2010. Resultados: Neste período,
foram atendidas 59 adolescentes e crianças, vítimas de
violência sexual, das quais 14 (23,72%) foram atendidas no
ano de 2011,22 (37,28%) em 2012 e 23 (38,98%) em 2013.
No presente estudo, do total de vítimas de violência sexu-
al, 41 (69,49%) eram adolescentes e dessas, 19 (46,34%)
tinham 13 ou 14 anos de idade. A maioria das vítimas
de violência sexual atendidas no IPERBA eram solteiras,
pardas e tinham ensino fundamental incompleto. Houve
maior frequência de agressores conhecidos, a maioria das
vítimas sofreram outros tipos de violência, além da sexual e
quase 75% resultaram em gravidez. Conclusões: A violên-
cia sexual representa um sério problema de saúde pública,
que implica em grande impacto físico e emocional para as
vítimas. Diante das variáveis estudadas, conclui-se que as
meninas adolescentes, com baixa escolaridade são as que
mais sofreram violência sexual e que geralmente a agres-
são é praticada por um conhecido, associando outros tipos
de violência. Além disso, os números de vítimas atendidas
aumentaram em cada ano do estudo, evidenciando que a
violência sexual ainda é um problema frequente na região.
A procura imediata pelo serviço de saúde após a violência
sexual é um ponto importante para que as consequências
desse ato sejam amenizadas.
Instituição:
Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública
– Salvador – BA
PERFURAÇÃO CERVICAL POR DIU DE COBRE
– RELATO DE CASO
Autores:
Santos Júnior, L.C.S.J.; Yela, D.Y.A.G.; Trigo,
L.A.M.T.
Sigla:
G103
INTRODUÇÃO: Os dispositivos intra-uterinos (DIU) são
métodos anticoncepcionais muito eficazes, utilizados e
estudados globalmente. Suas complicações são raras e
geralmente brandas, sendo a perfuração de maior mor-
bidade – a maioria ocorre logo após a inserção, e a clini-
ca pode variar desde assintomática até abdômen agudo.
Muitas vezes, a suspeita de perfuração é feita pela perda
da cauda do DIU no exame clinico. A investigação costuma
ser feita apenas com ultrassom de, porém radiografia de
abdômen e tomografia podem auxiliar na suspeita de per-
furação complicada. O tratamento é a retirada do DIU, seja
ambulatorial com pinça, nos casos de DIU no miométrio,
ou por laparoscopia/laparotomia nos casos de DIU na ca-
vidade abdominal ou perfurando outros órgãos. RELATO
DO CASO: mulher, 48 anos, com diagnóstico de mioma-
tose uterina. Usava DIU de Cobre há 12 anos. Em fevereiro
de 2013 apresentava: abdome flácido, com útero palpável
10cm acima da sínfise púbica, indolor; especular: não vi-
sualizada cauda do DIU. Retorna em julho de 2013 com
1...,35,36,37,38,39,40,41,42,43,44 46,47,48,49,50,51,52,53,54,55,...209