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XIX
Congresso Paulista de Obstetrícia e Ginecologia
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GINECOLOGIA
Descrição do caso: O caso clinico refere-se a uma crianca
de 7 anos, do sexo feminino, raca branca, com antece-
dentes de secreção serossanguínea na roupa íntima recor-
rente sem investigação. Levada ao serviço de emergência
após queda da própria altura com sangramento vaginal. A
paciente não apresentava sintomatologia. Ao exame clí-
nico: apresentava massa circunferencial de cor vermelho-
violaceo de aspeto edemaciado, com cerca de 20mm de
diametro, anterior ao introito vaginal acompanhando o
meato uretral, compativel com o diagnostico de prolapso
uretral.Não havia lesão que sugerisse trauma. A paciente
apresentava hímen íntegro.Iniciou tratamento conserva-
dor com estriol topico (1mg/g) uma aplicacão a cada 2
dias. Foi reavaliada após 1 semana em ambulatório com
melhora significativa do quadro. Manteve o tratamento
conservador com estriol tópico uma aplicação a cada dois
dias por mais 2 semanas quando foi novamente avaliada
apresentando resolução parcial do prolapso. A paciente
ainda mantém o tratamento conservador nessa data. Re-
levância: O prolapso uretral e uma entidade rara e o seu
diagnóstico e clinico. Existe ainda controversia sobre a me-
lhor opço terapeutica. A raridade desta patologia dificul-
ta a realizaço de estudos sobre qual a melhor estrategia
terapeutica. O tratamento medicamentoso é preferível,
apesar de apresentar sucesso em apenas um terco dos
casos sendo então indicado o tratamento cirurgico. Co-
mentários: A raridade de ocorrencia do prolapso uretral na
infância condiciona uma menor experiencia por parte dos
medicos, o que pode culminar em diagnósticos equivoca-
dos. O relato deste caso tem como objetivo compartilhar
experiencias. O seu reconhecimento precoce pode evitar
procedimentos invasivos, além de investigaço exaustiva
e dolorosa, bem como consequencias psicologicas impor-
tantes na crianca e em seus pais.
Instituição:
FHEMIG – Hospital Regional João Penido –
Juiz de Fora – MG
PSEUDOMIXOMA PERITONEAL
DIAGNOSTICADO EM PACIENTES COM
MASSAS OVARIANAS COMPLEXAS DE
ASPECTO MUCINOSO
Autores:
Rangel Neto, O.F.; Bisi, E.C.C.; Aires, G.N.; Par-
ronchi, N.A.; Sallun, L.F.A.; Bastos, J.F.B.
Sigla:
G111
Os tumores mucinosos de ovário são entidade clínica es-
pecífica pela sua biologia particular e incluem espectro de
desordens neoplásicas: pseudomixoma peritonei, cistoa-
denomas, tumores borderline e carcinomas mucinosos. Os
tumores mucinosos correspondem a 5% das neoplasias
epiteliais malignas do ovário. O pseudomixoma peritone-
al é a síndrome caracterizada pela grande quantidade de
material gelatinoso na cavidade peritoneal e presença de
múltiplos implantes tumorais pelo peritônio, cuja origem é
neoplasia mucinosa do apêndice cecal. Em mulheres, não
raro, o ovário é sede de implantes tumorais mucinosos. O
diagnóstico é incidental na abordagem cirúrgica de mas-
sas ovarianas complexas, de grandes dimensões e aspecto
mucinoso aos exames de imagem. Há dois subtipos histo-
lógicos: Adenomucinose peritoneal difusa e Carcinomato-
se peritoneal difusa (tumores de alto grau). Níveis elevados
de CEA são comuns. O tratamento é cirurgia citorredutora
primária (histerectomia total, salpingooforectomia bilateral,
peritoniectomia e retirada de todos implantes) associada a
Quimioterapia Hipertérmica Intra-Operatória (Mitomicina
C e Oxaplatina a 40ºC). A cirurgia envolve morbidade signi-
ficativa, entretanto é única estratégia com melhora da so-
brevida global e do tempo livre de doença. A doença não
mostra boa responsividade a esquemas quimioterápicos e
tem comportamento biológico que tende a recidiva, caso
não se obtenha citorredução completa. Trata-se de duas
senhoras, uma com 48 e outra de 52 anos, que se apre-
sentavam com aumento de volume abdominal e sintomas
relacionados ao trato gastrointestinal (saciedade gástrica
precoce, lentificação de hábito intestinal e dor) associado
a grandes massas abdominais projetando-se da pelve até
epigastro, exames de imagem confirmaram tumorações
complexas de ovário de aspecto mucinoso associado a
grande quantidade de ascite. Ambas apresentavam níveis
elevados de CA125 e CEA. Laparotomia exploratória reve-
lou grande quantidade de ascite mucinosa, associado a
grandes tumorações de origem ovariana (uma de 30cm e
outra de 27cm), associado a múltiplos implantes miliares
por omento, mesocólon, cápsula de Glisson, peritônio dia-
fragmático e peritônio pélvico.
Instituição:
Hospital da Mulher Prof. Dr. José Aristo-
demo Pinotti / CAISM – Faculdade de Ciências Médi-
cas – Universidade Estadual de Campinas / UNICAMP
– Campinas – SP
QUALIDADE DE VIDA EM MULHERES COM
CÂNCER DO COLO UTERINO
Autores:
Grion, R.C.; Baccaro, L.F.; Vaz, A.F.; Esteves, S.C.;
Costa-Paiva, L.; Pinto-Neto, A.M.
Sigla:
G112
Objetivos: Avaliar a qualidade de vida e os fatores associa-
dos em mulheres portadoras de câncer do colo do útero
antes do tratamento radioterápico. Métodos: Estudo de
corte-transversal com 79 mulheres portadoras de câncer
de colo uterino, com idades entre 18 e 75 anos, encami-
nhadas para realização de radioterapia no Hospital da
Mulher da UNICAMP entre janeiro de 2013 e março de
2014. A variável dependente foi a qualidade de vida, ava-
liada através do questionário abreviado da Organização
Mundial da Saúde (WHOQOL-bref). As variáveis indepen-
dentes foram os dados sociodemográficos, problemas e
1...,39,40,41,42,43,44,45,46,47,48 50,51,52,53,54,55,56,57,58,59,...209