ANAIS - XIX CONGRESSO PAULISTA DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA - page 50

209
GINECOLOGIA
ANAIS
hábitos de saúde, além das características da neoplasia.
A análise estatística foi realizada através da distribuição
de frequências, teste de Mann-Whitney e regressão line-
ar. Resultados: A média etária das mulheres foi de 48,0
(±13,6) anos. Trinta e três mulheres (41,8%) estavam na
pós-menopausa, 57% eram brancas e 55,7% com estádio
clínico IIIB. No modelo estatístico final, apresentar estádio
clínico menos avançado (p<0,01) e apresentar multimor-
bidades (p=0,01) se associaram a melhor qualidade de
vida no domínio físico do questionário. Quanto ao domí-
nio ambiental, apresentar cor não branca (p=0,01) e não
ter companheiro (p=0,01) se associaram a pior qualidade
de vida. Apresentar menor escolaridade (p<0,01) e fumar
(P<0,01) se associaram a pior qualidade de vida geral. Não
ter realizado cirurgia antes da radioterapia (p<0,01), ser
casada / ter companheiro (p=0,03) e fumar (p=0,01) se
associaram a pior saúde geral. Conclusão: a qualidade de
vida antes do início do tratamento esteve associada a um
conjunto de fatores. Estádio clínico avançado, tabagismo
e menor escolaridade são alguns dos fatores associados
a uma pior qualidade de vida antes da radioterapia. Es-
sas informações são úteis para identificar as mulheres que
mais necessitam de apoio e atenção durante a realização
da terapia para o câncer do colo uterino.
Instituição:
Universidade Estadual de Campinas – Cam-
pinas – SP
QUEDAS EM MULHERES NA PÓS-
MENOPAUSA EM UM PLANO DE SAÚDE:
FATORES DE RISCO E CONSEQUÊNCIAS
Autores:
Tedesco, J.L.O.; Pastorelli, G.A.B.; Nantes, M.S.;
Manso, M.E.G.
Sigla:
G113
Objetivo: Apresentar o perfil de quedas em mulheres na
pós-menopausa, destacando o ambiente no qual as que-
das ocorreram, o motivo relatado pelas idosas, a conduta
frente ao caso e sua consequência, bem como, a ocorrência
de quedas anteriores. Métodos: Estudo exploratório, descri-
tivo e transversal, no qual foram pesquisadas 54 mulheres
na pós-menopausa vinculadas a um plano de saúde, mo-
dalidade seguradora, localizada no município de São Paulo,
SP. A analise foi realizada em um banco de dados durante
um período de 6 meses em planilha de Excel. Todas as mu-
lheres pesquisadas assinaram o termo de consentimento
livre e esclarecido. Resultados: O total de mulheres pesqui-
sadas foi de 54, com média de idade de 75,3 anos, sendo
a principal doença apresentada a Hipertensão Essencial,
com 61,11% de portadoras. A maioria (53,7%) faz uso de
medicamentos anti-hipertensivos e a mesma quantidade,
de medicamentos para sistema cardiovascular, seguido de
31,48% de polifarmácia, 24,07% de antidepressivos, neuro-
lógicos e hipoglicemiantes e 16,66%, de calmantes. Com
relação às quedas foi observado que 66,67% ocorreram em
ambiente interno e a maioria das idosas (66,67%) relatou
como motivo ter tropeçado e/ou escorregado. Em torno
de 13% apresentaram fraturas e 31,48%, hematomas im-
portantes, porém aproximadamente 52% não procuraram
serviço de saúde por problemas consequentes à queda,
seguida por 27,78% no qual a idosa foi levada ao pronto
atendimento. Foi observado que nos 6 meses anteriores a
queda, 79,63% das idosas já havia caído uma vez. Conclu-
são: Ao analisar os fatores relacionados a quedas na popu-
lação de idosas estudadas, observa-se que a conscientiza-
ção das possíveis consequências, assim como, a avaliação e
prevenção do risco individual e ambiental são de extrema
necessidade. A idade avançada do grupo, a grande porcen-
tagem de idosas que caem em casa, o fato de quase 80%
já ter apresentado quedas anteriores nos últimos 6 meses e
como foi conduzida a situação descrevem um preocupan-
te cenário atual, o qual, para ser reformulado, deve passar
por transformações de hábitos e atitudes, tanto do idoso e
cuidador quanto do ambiente das residências às particula-
ridades deste grupo etário.
Instituição:
Centro Universitário São Camilo – SP
RADIOTERAPIA HIPOFRACIONADA:
RELATO DE CASO
Autores:
Pereira, G.T.G.; Nazario, A.C.P.; Facina, G.; Elias,
S.; Sanvido, V.M.; Araújo Neto, J.T.
Sigla:
G114
Introdução: O câncer de mama consiste na neoplasia ma-
ligna mais incidente no Brasil excluído o câncer de pele não
melanoma. O número de casos cresce anualmente espera-
-se 576 000 casos novos para 2014. A cirurgia conservado-
ra da mama também apresenta indicação em crescimento.
Como o tratamento radioterápico é etapa fundamental na
adjuvância na mama submetida à cirurgia conservadora,
este sofre incremento de demanda progressivo, com pe-
queno número de máquinas de radioterapia para aten-
der a todos. Estratégias foram elaboradas para sanar este
desafio e entre elas a radioterapia hipofracionada. Caso:
Paciente 58 anos, com nódulo mamário há 7 meses. AP:
Dislipidemia, Amputação de membro inferior direito aos
12anos. Exame físico: notou-se nódulo palpável em qua-
drante supero lateral esquerdo (QSL E) de 2cm, mal defi-
nido e pouco móvel, axilas livres. MMG: Assimetria focal
associada a distorção arquitetural em QSL E de 2 x 1,5 cm;
USG: Nódulo irregular, microlobulado, medindo 1,5 x 0, 8
x 1,4 cm em QSL E as 2h. Linfonodos axilares habituais. BI-
-RADS 4. Core Biopsy: carcinoma mamário invasor do tipo
não especial (CINE) Grau 2. Conduta cirúrgica: Ressecção
segmentar do tumor com margens associado à biópsia do
linfonodo sentinela. Anatomopatológico: CINE de 1,5cm,
Grau histológico 2, margens livres; Linfonodos 0/2. Como
paciente apresentava mamas pequenas e dificuldade em
locomover-se optou-se pelo tratamento radioterápico hi-
1...,40,41,42,43,44,45,46,47,48,49 51,52,53,54,55,56,57,58,59,60,...209