ANAIS - XIX CONGRESSO PAULISTA DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA - page 42

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GINECOLOGIA
ANAIS
íleo, cólon. Realizado retirada de grandes segmentos do
tumor cujo estudo histo-patológico confirmou melanoma
maligno em ovário, infiltrando omento, intestino delgado
e cólon. O perfil imunohistoquímico (positivo para S100 e
Melan A) apóia diagnóstico. Paciente com história e exame
clínicos negativos para lesões cutâneas suspeitas.
Instituição:
Hospital Prof. Dr. José Aristodemo Pinotti /
CAISM – Faculdade de Ciências Médicas – Universidade
Estadual de Campinas / UNICAMP – Campinas – SP
MELANOMA VULVAR: ASPECTOS
RELEVANTES NA ABORDAGEM
TERAPÊUTICA
Autores:
Campaner, A.B.; Cardoso, F.A.; Fernandes, G.L.;
Aldrighi, J.M.
Sigla:
G094
INTRODUÇÃO: O câncer de vulva corresponde a menos de
1% das neoplasias malignas da mulher. Apesar de raro, o
melanoma vulvar é o 2º tipo histológico de câncer vulvar,
representando 7 a 10% das neoplasia malignas vulvares.
Os sintomas iniciais são inespecíficos e a suspeita indica
exérese da lesão. O prognóstico e a sobrevida são ruins e
não se alteram independente do tipo de tratamento. A he-
mi-vulvectomia com esvaziamento linfonodal parece ser o
procedimento de escolha atualmente, acompanhada ou
não de terapêuticas adjuvantes. RELATO DE CASO: Caso
1: Paciente de 50 anos, com lesão dolorosa em pequeno
lábio esquerdo há 2 meses. Ao exame apresentava massa
arredondada de 2,5 cm, coloração rósea, aderida a planos
profundos em face interna de pequeno lábio à esquerda.
Adjacente foi encontrada mancha enegrecida, também no
pequeno lábio, de aproximadamente 10 x 4 mm, plana e
com limites pouco definidos. Foi realizada biopsia da lesão
arredondada que resultou em melanoma maligno invasor
e a lesão enegrecida foi submetida a exérese, que eviden-
ciou melanoma in situ. Foi realizada hemi-vulvectomia
esquerda com linfadenectomia ipsilateral superficial, cujo
exame histológico definitivo evidenciou Melanoma Malig-
no Clark IV, Breslow 6,5 mm e margens livres. Foi indicada
imunoterapia com Interferon alfa, a qual está atualmente
em andamento. Caso 2: Paciente de 58 anos com lesão
vulvar à direita acompanhada de prurido e crescimento
progressivo há 2 meses. A inspeção vulvar evidenciou le-
são enegrecida em pequeno lábio direito de 4 cm e ve-
getação avermelhada em face medial da lesão principal.
A biópsia evidenciou Melanoma Maligno de vulva. Foi
realizada hemi-vulvectomia direita com linfadenectomia
superficial e profunda bilateral, cujo exame histológico
confirmou o diagnóstico de Melanoma Maligno Clark IV,
Breslow 20,5 mm e metástase em 1 linfonodo à direita. Foi
encaminhada à radioterapia em decorrência do estadio
avançado da lesão. RELEVÂNCIA E COMENTÁRIOS: O me-
lanoma vulvar pode ser encontrado com certa frequência
em centros de referência de Oncologia. Seu diagnóstico
deve ser feito o mais precocemente possível visando me-
lhorar o prognóstico e a sobrevida das pacientes.
Instituição:
Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de
São Paulo – SP
METÁSTASES OCULARES – RELATO DE 3
CASOS DE CÂNCER DE MAMA METASTÁTICO
EM RETINA.
Autores:
Cardial, C.S.; Mello, M.M.G.; Alves, F.N.L.; Squas-
soni, A.B.; Otsuka, F.; Cardial, D.T.
Sigla:
G095
Introdução: O câncer da mama é um dos tumores mais fre-
quentes em mulheres no nosso país, sendo que aproxima-
damente 30% de todos os casos vão apresentar metástases.
Os sítios metastáticos mais frequentes são ossos, pulmão,
fígado e cérebro. Os casos relatados de metástases em re-
tina de câncer da mama são extremamente raros e num
levantamento realizado no PubMed, no período de 1967
a 2014 somente encontramos 44 artigos sobre o assunto.
Neste trabalho vamos comentar sobre 3 casos de metástase
de cancer da mama em retina diagnosticados no período de
2011 a 2013 na nossa clinica privada. Apresentação dos ca-
sos: Dentre 97 pacientes portadoras de carcinoma de mama
metastático tratadas na clinica privada no período de 2011
a 2013, encontramos 3 casos de metástases em retina bila-
teralmente. Caso1: tratava-se de paciente tratada dois anos
antes de CDIS que apresentou metástases ósseas dois anos
após a cirurgia, apesar de varias revisões histopatológicas
não foi encontrado foco de invasão. Paciente de 45a apre-
sentou durante a quimioterapia com paclitaxel diminuição
acuidade visual sendo diagnosticada metástases retinianas,
apresentou piora progressiva da perda de acuidade visual,
sendo encaminhada para radioterapia ocular com estabili-
zação da acuidade visual. Paciente evoluiu a óbito 11 meses
após a radioterapia. Caso 2: paciente com 50a, tratada de
carcinoma mamário invasivo há 7 anos apresentando me-
tástases ósseas, pulmonares e cerebral, além de estrabismo
olho E. Foi submetida a radioterapia cerebral, com diminui-
ção das lesões e reversão do quadro ocular. Devido a perda
de acuidade visual foi diagnosticado metástases em retina
que se encontram estáveis há cerca de 14 meses. Caso3: pa-
ciente 48a que em janeiro de 2013 apresentava carcinoma
metastático Iniciou QT com paclitaxel com resposta maior
que 50%. Em setembro 2013 apresentou diminuição de
acuidade visual em olho esquerdo, confirmando metásta-
se retiniana. Optou-se por QT com gencitabina + doceta-
xel. Em abril/2014 doença ocular estável. O objetivo deste
trabalho é mostrar que pacientes portadoras de lesões me-
tastáticas em retina são subdiagnósticadas e que avaliação
oftalmológica deve ser realizada anualmente.
Instituição:
Central Clinic – SP
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