ANAIS - XIX CONGRESSO PAULISTA DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA - page 33

XIX
Congresso Paulista de Obstetrícia e Ginecologia
192
GINECOLOGIA
5,16 IC95%:1,16-22,96;p=0,031). Conclusões: As mulheres
com SOP em idade reprodutiva relacionadas neste estudo
apresentaram uma maior prevalência de ERF alto e maior
risco de evento coronariano. Estudos prospectivos em ida-
de reprodutiva e na peri e pós-menopausa em mulheres
com SOP são necessários para determinar a real morbi-
mortalidade neste grupo de mulheres.
Instituição:
Faculdade de Medicina de Botucatu-UNESP
– Botucatu – SP
ESTIMULO DA RELAÇÃO SEXUAL COMO
TRATAMENTO CLINICO NA SINDROME DE
MAYER-ROKITANSKY-KUSTER-HAUSER
Autores:
Abrão, F.; Ferreira, J.L.; Teixeira, I.T.D.; Silva, A.F.;
Martins, D.V.; Fressato, F.N.
Sigla:
G072
A síndrome de Mayer-Rokitansky-Kuster-Hauser é uma
condição rara caracterizada pela ausência de 2/3 da vagi-
na e útero e a presença de tubas e ovários aparentemente
normais. Manifesta-se por amenorréia primária, completa
incapacidade de manter relações sexuais e presença de
infertilidade com prevalência de 1:4.000 a 5.000 mulheres.
Relato de Caso: Sexo feminino, 17 anos, procurou serviço
privado devido amenorreia primária e dificuldade de man-
ter relações sexuais. No exame clínico, apresentava desen-
volvimento dos caracteres sexuais secundários compatíveis
com a idade cronológica. Ao exame especular, apresenta
cerca de 2 centímetros de canal vaginal.No Ultrassom Pél-
vica e Ressonância Magnética confirmou o diagnóstico. A
mesma foi orientada a manter relação sexual utilizando
estrógeno terapia topico. Coitarca aos 17 anos, com dis-
paureumia intensa, sem outras queixas. Após alguns me-
ses de vida sexual ativa em retorno médico, o canal vagi-
nal apresentava distensão para 7 centímetros terminando
em fundo cego. A síndrome de Mayer-Rokitansky-Kuster-
-Hauser, gera ansiedade e consequências psicológicas alte-
rando a qualidade de vida das pacientes, devendo por isso
ter uma abordagem multidisciplinar incluindo psicoterapia
e esclarecimento para o parceiro sobre a disfunção sexual.
Atualmente, não há consenso sobre o melhor acesso tera-
pêutico. O mais usado é a reconstrução vaginal cirúrgica
(neovagina) e existem tratamentos não cirúrgicos, como
os dilatadores vaginais de diâmetros e de longitudes cres-
centes, que podem ser usados em alguns casos em que já
existam uma fissura vaginal. A respeito do tratamento não
cirúrgico, foi evidenciado neste relato de caso uma melhora
expressiva do encurtamento do canal vaginal, acarretado
pelas atividades sexuais, que, mesmo proporcionando no
inicio grande desconforto para a paciente, deve ser estimu-
lada em seu seguimento ginecológico, pois aventou outra
opção terapêutica para a agenesia vaginal. Devido o suces-
so da técnica não invasiva para criação da neovagina, esta
deverá ser a primeira linha de tratamento recomendada.
Instituição:
Universidade de Marília – Marília – SP
EXPRESSÃO GÊNICA RELACIONADA A
ESTEROIDOGÊNESE EM OVÁRIOS DE RATAS
PINEALECTOMIZADAS
Autores:
Maganhin, C.C.; Sasso, G.R.S.; Florêncio-Silva,
R.; Simões, R.S.; Baracat, E.C.; Soares Júnior, J.M.
Sigla:
G073
Objetivo: identificar os genes alvo da melatonina no ová-
rio de ratas pinealectomizadas. Métodos: Trinta e duas
ratas, adultas virgens, procedentes do Biotério da UNI-
FESP/EPM. Após a confirmação da ciclicidade estral, os
animais foram divididos em dois grupos: GI – pinealec-
tomizado que recebeu veículo; GII – pinealectomizado
com reposição de melatonina (10µg/noite, por animal),
durante 60 dias consecutivos. Ao final da ministração, to-
dos os animais foram anestesiados e os ovários coloca-
dos imediatamente em nitrogênio líquido e em seguida
congelado a -80°C para análise das amostras por cDNA
microarray. Para a determinação da expressão dos ge-
nes, foi utilizado o Kit GeneChip® Rat Genome 230 2.0
Array da Affymetrix, de acordo com as especificações do
fornecedor, repetindo-se o experimento três vezes para
cada grupo. Os dados obtidos foram normalizados, sub-
metidos ao programa GeneChip® Operating Software
e confirmados pelo software de análise secundária do
DNA-Chip Analyzer (dChip). Foram considerados como
significantes quando estava 1,5x aumentados (hiperex-
pressos) ou diminuídos (hipoexpressos) em relação ao
veículo. Além disso, foram escolhidos genes relacionados
com a função ovariana que foram confirmados pela téc-
nica de RT-PCR e imunoistoquimica. Resultados: Nossos
dados mostraram que o grupo tratado com melatonina
(GII) teve 101 genes hiperexpressos e 72 hipoexpressos
em comparação ao que não recebeu melatonina (GI). Em
relação à esteroidogênese e de significância estatística,
os genes hiperexpressos foram: inibina beta-A (INHBA),
folistatina (FST) e Abl-Interactor 1 e, os hipoexpressos:
Sintetase da prostaglandina D2 (Brain), LIM Homeobox
9, Glutathiona S-Transferase Mu 3. No RT-PCR, confirma-
mos os resultados da folistatina (p< 0,01). Em relação à
imunoistoquímica, a expressão da folistatina foi maior
no GII (pinealectomizado tratado com melatonina) (GII
= 74,43±2,89*) nas células foliculares, intersticiais e da
teca interna comparado com GI (pinealectomizado trata-
do com veiculo). (GI = 54,32±4,32*). Conclusão: Nossos
dados mostraram que a melatonina altera a expressão
gênica nos ovários de ratas, em especial na hiperexpres-
são da folistatina.
Instituição:
Universidade de São Paulo (FMUSP) / Uni-
versidade Federal de São Paulo (UNIFESP) – SP
1...,23,24,25,26,27,28,29,30,31,32 34,35,36,37,38,39,40,41,42,43,...209