ANAIS - XIX CONGRESSO PAULISTA DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA - page 24

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GINECOLOGIA
ANAIS
to estimado com incontinência urinária nos EUA foi de
19,5 bilhões de dólares e calcula-se que as mulheres com
incontinência urinária grave gastam por ano cerca de 900
dólares com acompanhamento e cuidados. A avaliação
da incontinência urinária em mulheres envolve anamne-
se direcionada e exame físico, porém o papel do estudo
urodinâmico (EUD) ainda não está bem elucidado, não
existem estudos suficientes mostrando como esse exa-
me ajuda na decisão do tratamento a ser indicado ou na
melhora de resultados pós-cirúrgicos. Em 2012 Berild e
Hanssen demonstraram que o teste de esforço durante
o exame físico (tosse e pulos) é reprodutível e consegue
demonstrar perda urinária em 100% das mulheres com
queixa de incontinência examinadas por eles. O Colégio
Americano de Obstetrícia e Ginecologia diz que não é
mandatório o EUD antes do tratamento cirúrgico, des-
de que a paciente tenha incontinência urinária simples.
Objetivos: O objetivo deste trabalho é comparar o diag-
nóstico feito baseando-se no exame físico de pacientes
com queixa de perda urinária aos esforços com o diag-
nóstico estabelecido pelo estudo urodinâmico e verificar
a real necessidade do exame invasivo para a avaliação
das pacientes. Métodos: Foram selecionados os prontuá-
rios das pacientes em acompanhamento no ambulatório
de Uroginecologia do Hospital Heliópolis com queixa
de perda urinária e que realizaram EUD na investigação.
Resultados: Dentre as 51 pacientes com queixa, 37 de-
las apresentavam perda ao esforço e EUD compatível; 8
delas não apresentavam perda ao exame físico, porém
havia perda durante EUD. As 5 pacientes restantes que se
queixavam de perda, tinham exame físico incompatível
e EUD sem perda. Conclusões: Pode-se concluir que, em
nossa amostra, a anamnese e o exame físico minucioso
por vezes contribui mais do que o EUD.
Instituição:
Hospital Heliópolis – SP
CONDILOMATOSE GIGANTE EM PACIENTE
COM LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO:
RELATO DE CASO
Autores:
Almeida, G.A.S.; Paiva, N.V.L.; Araújo, L.C.S.; Me-
nezes, S.R.C.O.P.F.; Araújo, C.F.D.; Oliveira, E.A.A.
Sigla:
G052
INTRODUÇÃO: Lúpus eritematoso sistêmico é uma do-
ença inflamatória crônica, autoimune, sem causa co-
nhecida. Pacientes com LES tem maior prevalência para
infecção por papilomavírus humano (HPV). Há cerca de
15 tipos de HPV associados à malignidade, sendo os ti-
pos 16 e 18 mais frequentes. Os tipos 6 e 11 são mais
relacionados a doenças de caráter benigno, como as ver-
rugas genitais. A transformação maligna no condiloma
acuminado gigante ocorre em mais de 50% dos casos e
metástases são raras. Estudo mostra maior prevalência
de infecção por múltiplos tipos de HPV e dos subtipos
de alto risco em pacientes com LES. DESCRIÇÃO: M.R.D.,
31 anos, negra, casada, procedente de São Gonçalo do
Amarante, nível médio. Gesta II para II, menarca aos 13
anos, primeira relação sexual aos 17,1 parceiro sexual.
Encaminhada ao serviço de referencia na MEJC em se-
tembro de 2013 com quadro verrucoso extenso em vulva
há 3 meses. Referia extensão das lesões do hipogastro ao
púbis e prurido vaginal e vulvar. Apresentava LES há 13
anos, em uso de Prednisona 40mg e Cloroquina 250mg/
dia. Observaram-se lesões condilomatosas em vulva e
região perianal. Optado por tratamento cirúrgico, pelo
comprometimento extenso. Realizado exérese de lesões
vulvares, evoluindo na 4ª semana com coalescência de
grandes lábios. Realizado novo procedimento para cor-
reção e retirada de novas lesões; apresentou dor local
importante no pós-operatório, fazendo uso de codeína,
creme cicatrizante e analgésico locais. Mantém segui-
mento semanal, com boa resposta, e aguarda resultado
de anato-patológico. RELEVÂNCIA E COMENTÁRIOS: O
HPV é uma das infecções mais frequentes relacionadas à
transmissão sexual, mostrando a importância de estudos
sobre a infecção, complicações e associação com condi-
ções preexistentes. A paciente não apresentou os princi-
pais fatores de risco para o HPV genital, atribuindo-se o
desenvolvimento das lesões ao estado de imunossupres-
são no tratamento do LES. Pela associação entre de pa-
cientes com LES e infecção por múltiplos tipos de HPVs e
frequência de subtipos mais graves, estas devem ser vis-
tas como pacientes de maior risco, mesmo que tal risco
não esteja associado à maior frequência de neoplasias.
Instituição:
Maternidade Escola Januário Cicco – Natal
– RN
CORRESPONDÊNCIA HISTOLÓGICA DE
PACIENTES COM CITOLOGIA DENOTANDO
CÉLULAS ESCAMOSAS DE SIGNIFICADO
INDETERMINADO
Autores:
Lopes, A.C.M.; Campaner, A.B.
Sigla:
G053
Com existência de grande discordância na literatura na
prevalência e evolução diante de citologia ASCUS, rea-
lizamos estudo prospectivo transversal que incluiu 703
mulheres que possuíam colo uterino e que apresentaram
citologia cervical denotando presença de células esca-
mosas de significado indeterminado (ASCUS), atendidas
no ambulatório de Colposcopia da Irmandade de Mise-
ricórdia da Santa Casa de São Paulo. Objetivos: Avaliar a
prevalência de lesões histológicas de alto grau e câncer
de colo uterino em pacientes com citologia oncótica AS-
CUS. Correlacionar os achados histológicos finais epide-
miologia clínica e colposcópica. Métodos: Foi realizado
cálculo do tamanho amostral mediante análise estatís-
1...,14,15,16,17,18,19,20,21,22,23 25,26,27,28,29,30,31,32,33,34,...209