ANAIS - XIX CONGRESSO PAULISTA DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA - page 16

175
GINECOLOGIA
ANAIS
AVALIAÇÃO DA UTILIZAÇÃO DE
CONTRACEPÇÃO NO PUERPÉRIO DE
ADOLESCENTES ATENDIDAS NO CAISM/
UNICAMP
Autores:
D Annibale, A.; Surita, F.G.
Sigla:
G033
Objetivo: avaliar a utilização de contracepção no am-
bulatório de revisão puerperal de adolescentes do
CAISM/UNICAMP. Método: corte transversal retros-
pectivo. Os dados foram obtidos através da revisão
dos prontuários médicos de todas as adolescentes
que realizaram a revisão de parto na instituição, no
período de dois anos. Foram realizadas análises de
frequência e prevalência. Resultados: No período de
07/2011 a 09/2013,190 puérperas adolescentes fo-
ram atendidas. A maioria das adolescentes era resi-
dente em Campinas (61%); com idade entre 15-19
anos (89%) e estudaram até 9 anos completos (57%),
primíparas (90%) e iniciaram da atividade sexual en-
tre 12-13 anos (22%) e 14-15 anos (53%). Predominou
o parto vaginal (76%), ocorrido no CAISM (97%) e o
pré-natal também no CAISM (61%). Antes da gravidez
64% já haviam utilizado algum método contracepti-
vo (anticoncepcional oral combinado 58%, condom
40%). Entre as causas de abandono, destacam-se a
ocorrência da gestação (22%) e o desejo de engravi-
dar (7%). Na primeira consulta puerperal, 28% esta-
vam utilizando algum método contraceptivo, predo-
minando condom (67%) e injetável trimestral (22%).
A maioria estava em amenorreia (61%), aleitamento
exclusivo (64%) e não tinham iniciado atividade se-
xual (67%). Após a consulta puerperal os métodos
mais utilizados foram o injetável trimestral (71%) e
DIU (11%). Há a orientação para dupla-proteção e
todas são orientadas a utilizar condom. O índice de
abandono após a primeira consulta foi de 34%. O nú-
mero máximo de retornos puerperais foi 5 consultas.
O tempo médio entre dois retornos foi de 55 dias. En-
tre os motivos para troca de método encontraram-se
efeitos colaterais (ganho de peso, intolerância gástri-
ca, cefaleia, tontura, cólica), irregularidade menstru-
al/hemorragias, DIU mal posicionado, e opção da pa-
ciente. Nesse período nenhuma adolescente retornou
grávida ao serviço. Conclusões: o acompanhamento
puerperal em adolescentes é importante para esta-
belecer uma anticoncepção segura, sem interferir no
aleitamento. O acompanhamento prolongado visa a
possibilidade de troca/adequação dos métodos, con-
forme a escolha e necessidade, para melhor efetivi-
dade dos mesmos.
Instituição:
Faculdade de Ciências Médicas da Universi-
dade Estadual de Campinas (UNICAMP) – Campinas – SP
AVALIAÇÃO DAS COLETAS DE CITOLOGIA
ONCÓTICA CERVICAL REALIZADAS PELAS
UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE DA REGIÃO
NORTE DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
Autores:
Rama, C.H.; Bastos, M.G.; Grisante Filho, D.; Fi-
gueira, F.J.G.
Sigla:
G034
Objetivos: Avaliar as coletas de citologia oncótica
cervical realizadas por 89 Unidades Básicas de Saú-
de localizadas na região Norte do município de São
Paulo, que participam há 5 anos de um programa de
educação permanente dos profissionais para garantir
a qualidade das coletas realizadas e o monitoramento
dos casos alterados. Métodos: Os laudos dos exames
citológicos são realizados por um único Laboratório
que registra os laudos no SISCOLO (Sistema de In-
formação do câncer do colo do útero), sistema in-
formatizado de entrada de dados do DATASUS, para
identificação de pacientes e laudos de citopatologias.
O arquivo do SISCOLO com os dados da região foi
levantado, no período de 2009 a 2013, para avaliar
a qualidade da coleta e quantificar as citologias com
alterações. Resultados: No período analisado foram
coletados 666.037 esfregaços. Deste total, 664.385
foram satisfatórios com 65,8% (437.375) apresentan-
do representatividade das células da junção escamo
colunar (JEC) e 1.652 foram insatisfatórios (0,25%).
Alterações citológicas foram detectadas em 41.366
(6,2%) dos esfregaços, representando uma média
anual de 8273 exames alterados, sendo em ordem
de frequência: 3,54% ASC-US (Atipias de significado
indeterminado em células escamosas, possivelmente
não neoplásicas), seguida de 1,56% LSIL (Lesão in-
traepitelial escamosa de baixo grau), 0,47% ASC-H
(Atipias de significado indeterminado em células es-
camosas, não podendo excluir lesão intraepitelial de
alto grau), 0,30% AGC (Atipias de significado indeter-
minado em células glandulares), 0,33% HSIL (Lesão
intraepitelial escamosa de alto grau) e 0,009% carci-
nomas (64 epidermóides invasivos e 10 adenocarci-
nomas). Conclusões: O elevado percentual de amos-
tras satisfatórias 99,75% bem como a de esfregaços
com a representatividade de células da JEC, indicam
que a supervisão nos serviços periodicamente e as
capacitações e reciclagens contínuas dos profissio-
nais são fundamentais para implementar a qualidade
da coleta da citologia. A integração entre serviços de
diferentes níveis de atenção e o monitoramento dos
casos alterados permitirá ao longo do tempo um efe-
tivo controle do câncer do colo uterino na região.
Instituição:
Coordenadoria Norte – Secretaria Municipal
de Saúde de São Paulo – SP
1...,6,7,8,9,10,11,12,13,14,15 17,18,19,20,21,22,23,24,25,26,...209