ANAIS - XIX CONGRESSO PAULISTA DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA - page 20

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GINECOLOGIA
ANAIS
Objetivos: O objetivo principal deste estudo é comparar
o tratamento, a recorrência e os óbitos entre o carcinoma
ductal in situ (CDIS) e o carcinoma lobular in situ / neo-
plasia lobular (LIN). Métodos: Foi realizado um estudo re-
trospectivo incluindo todas as mulheres com diagnóstico
de carcinoma não invasivo (ductal e lobular) tratadas no
CAISM – Universidade Estadual de Campinas, no período
de 1999 a 2009. Os dados foram coletados por análise de
prontuários. As variáveis analisadas foram: tipo histoló-
gico, cirurgia realizada, radioterapia, tipo de recorrência
local e óbito. Resultados: O número total de mulheres
com diagnóstico de carcinoma não invasivo foi 207, sen-
do 85,6% (n=177) CDIS, 9,5% (n=20) LIN e 4,8% (n=10),
os dois (misto). A maioria das pacientes foi submetida
a cirurgia conservadora (57%). Cirurgia conservadora foi
mais freqüente em casos de LIN do que de CDIS (95% x
52%, p< 0,05) e nenhum caso de LIN recebeu radiotera-
pia. A taxa de recorrência local foi de 9,7% e a de óbito
foi de 2,4% (n=5). A recorrência local foi semelhante nos
casos de LIN e CDIS (10% x 10,1%). Todos os casos de
recorrência no grupo LIN foram de carcinoma invasivo
(n=2). Conclusões: No nosso serviço a mortalidade por
neoplasia não invasiva de mama em 10 anos, foi baixa.
Neoplasia lobular recebeu mais tratamento com cirurgia
conservadora do que o carcinoma ductal in situ e ambos
mostraram taxa de recorrência local semelhante. Esses
resultados sugerem que carcinoma lobular in situ é uma
lesão precursora de câncer de mama, como o CDIS, o
que está de acordo com a literatura médica atual.
Instituição:
Instituição: Hospital da Mulher Prof. Dr. José
Aristodemo Pinotti – CAISM – UNICAMP – Campinas – SP
CARCINOMA PRIMÁRIO OCULTO DA MAMA
– RELATO DE CASO
Autores:
Sá, R.S.; Giordano, R.H.; Caramuru, C.C.; Sanvi-
do, V.; Facina, G.; Nazário, A.C.P.
Sigla:
G043
Introdução: O carcinoma primário oculto da mama é o
tumor primário da mama não detectável pelo exame
clínico ou imagem que manifesta-se com metástase re-
gional (axilar). Foi descrito pela primeira vez por Halsted
em 1907. Corresponde a 0,3 a 1% de todos os casos de
câncer de mama, sendo a principal faixa etária entre 44
a 55 anos. É uma das indicações da realização de Resso-
nância Magnética (RM) das Mamas. Descrição do Caso:
Paciente NPC, 55 anos, compareceu em consulta médica
no Ambulatório de Mastologia da Escola Paulista de Me-
dicina com a queixa de nódulo axilar direito há 7 meses.
História prévia de mastoplastia redutora há 15 anos, sem
história familiar de câncer. Ao exame físico apresentava
nódulo endurecido e fixo de 5 cm à direita com ausên-
cia de lesões mamárias palpáveis. Realizou mamografia
e ultrassom de mamas que não identificaram alterações.
À RM apresentou apenas nódulo axilar direito de con-
tornos lobulados medindo 6,7 x 5,7 cm. Submetida à
biópsia percutânea com agulha grossa que evidenciou
metástase de carcinoma mamário com imunohistoquí-
mica Luminal B (RE+RP+HER2-Ki6750%). Estadiamen-
to clínico: T0N2M0 – IIIA (exames de rastreamento não
identificaram outros focos de metástases). O tratamento
foi iniciado com quimioterapia neoadjuvante (4 ciclos
de Adriamicina + Ciclofosfamida, seguidos de 12 cilos
de Paclitaxel), reduzindo o nódulo axilar para 1,5 cm
(yT0yN1). A seguir, foi submetida à linfonodectomia, com
ressecção de 12 linfonodos comprometidos. Paciente
aguarda início da Radioterapia mama e drenagem linfáti-
ca. Relevância: O presente caso possui relevância devido
sua baixa incidência atual. Comentários: Nos dias atuais,
cada vez menos nos deparamos com casos de carcinoma
oculto da mama, devido o aumento da sensibilidade dos
exames para detecção das lesões mamárias, como a RM.
Vários autores estudaram o diagnóstico de prováveis le-
sões mamárias ocultas. Olson et al em 2000 encontrou
foco mamário em 27 dos 40 casos estudados e Lu et al
em 2007, 35 dos 35 casos. Deste modo, poderemos den-
tro de poucos anos não nos depararmos mais com esta
patologia oculta da mama.
Instituição:
Universidade Federal de São Paulo – SP
CARCINOMA SEROSO DE TUBA UTERINA
E ADENOCARCINOMA ENDOMETRIÓIDE
DO ENDOMÉTRIO EM PACIENTE NA PÓS
MENOPAUSA: TUMORES SINCRÔNICOS
OU ESPECTRO DA MESMA DOENÇA?
RELATO DE CASO
Autores:
Rangel Neto, O.F.; Bisi, E.C.C.; Aires, G.N.; Par-
ronchi, N.A.; Sallun, L.F.A.; Bastos, J.F.B.
Sigla:
G044
Trata-se de senhora de 65 anos, menopausada aos 52,
sem co-morbidades, IMC 20, com episódios de sangra-
mento vaginal recorrentes em pequena quantidade há
6 meses, submetida a curetagem de prova que revelou
adenocarcinoma de endométrio. Submetida a Histerec-
tomia Total e Salpingooforectomia bilateral cuja avaliação
histo-patológica revelou adenocarcinoma endometrióide
moderadamente diferenciado do endométrio infiltrando
até metade do endométrio (Grau II, estádio Ia FIGO) com
êmbolos carcinomatosos angiolinfáticos no miométrio,
adicionalmente detectou-se carcinoma seroso de alto
grau focal medindo 0,2cm em tuba uterina esquerda in-
filtrando até submucosa (estádio patológico Ia). Como
paciente não foi submetida à linfadenectomia e omen-
tectomia, optou-se pela quimioterapia adjuvante (Platina
e Taxol) e radioterapia pela presença de êmbolos carci-
nomatosos e grau II histológico do carcinoma endome-
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