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XIX
Congresso Paulista de Obstetrícia e Ginecologia
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GINECOLOGIA
O câncer de mama é a neoplasia maligna mais frequente
entre as mulheres. No Brasil é a causa mais frequente de
morte por câncer entre as mulheres. O diagnóstico preco-
ce é um dos principais fatores prognósticos. Na aborda-
gem cirúrgica, a ressecção tumoral com margens livres é
parâmetro importante na redução do risco de recorrência
local. OBJETIVO: avaliar a associação da recidiva local à
distância da margem cirúrgica em pacientes portadoras
de câncer de mama submetidas ao tratamento cirúrgico
conservador. MÉTODO: Estudo retrospectivo. Foram in-
cluídas neste estudo portadoras de carcinoma mamário
invasivo, estádios clínicos I a IIB, segundo classificação
TNM (American Joint Committee on Cancer), submetidas
a tratamento cirúrgico conservador (setorectomia ou qua-
drantectomia) com abordagem axilar (linfonodo sentinela
e/ou esvaziamento axilar) e radioterapia complementar,
associada ou não a hormonioterapia (HT) e/ou quimio-
terapia (QT), com margens cirúrgicas livres. Estudo foi
realizado no período de 2007 a 2009. Estas pacientes ti-
veram seguimento ambulatorial por 4,5 anos. Resultados:
A idade média das pacientes foi de 55,2 anos com desvio
padrão (13,4). A Recidiva local encontrada em pacientes
portadoras de carcinoma mamário atendidas no Serviço
de Mastologia em 34 pacientes foi de 6 pacientes (17,6%).
Não apresentavam recidivas 28 pacientes (82,4%)A Espe-
cificação de faixas de corte, em espessura, das margens
livres e suas referentes porcentagens foi obtido o seguinte
resultado: Com margem livre menor que 10mm dezenove
pacientes somente 3 pacientes tiveram recidiva (15,78%).
Pacientes com margem livre de 10 a20 mm (12 pacien-
tes) somente 2 (16,66%) apresentavam recidiva. E quando
as margens livres eram superiores a 20mm (3) pacientes
somente um caso (33,33%) apresentou recidiva. CONCLU-
SÃO: A frequência de recidiva foi de 17,6% Em nosso estu-
do as pacientes portadoras de câncer de mama submeti-
das a tratamento cirúrgico conservador não apresentaram
significância estatística entre a associação da taxa de reci-
diva local e a margem cirúrgica livre de tumor.
Instituição:
Hospital Municipal Maternidade – SP
ATITUDES E PRÁTICAS DE RESIDENTES
MÉDICOS SOBRE SEXUALIDADE, EM
HOSPITAIS-ESCOLA DE PERNAMBUCO
Autores:
Xavier, M.B.; Ramalho, N.M.; Brandt, R.M.D.N.;
Costa, A.A.R.
Sigla:
G018
INTRODUÇÃO: surgem 250 milhões de novos casos de al-
guma enfermidade de transmissão sexual a cada ano. As
mudanças sociossexuais das últimas décadas têm altera-
do o perfil das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST),
transformando o seu controle em desafio para a saúde pú-
blica. OBJETIVO: descrever as atitudes e práticas dos Mé-
dicos Residentes do Estado de Pernambuco com relação
ao conhecimento e comportamento sexual. MÉTODOS:
realizou-se, no período de fevereiro a novembro de 2010,
um estudo observacional, descritivo, do tipo corte trans-
versal, para estudo do comportamento sexual. Foi ofereci-
do um questionário para os Médicos Residentes do estado
de Pernambuco para responder questões sobre conheci-
mento e comportamento sexual. Foram usadas variáveis
pertinentes ao foco do estudo. Foram utilizadas medidas
de tendência central e suas dispersões com gráficos e ta-
belas de distribuição de frequência. RESULTADOS: Foram
abordados cerca de 500 Médicos Residentes do estado de
Pernambuco, sendo que 261 responderam o questionário.
57,9% eram do sexo feminino, a média de idade foi de 27
anos, 80,2% possuíam parceiro fixo. Relataram ter tido re-
lação sexual no último ano 94,3%, o número de parceiros
sexuais variou de 1 a 16, Referiram ter tido relação sexual
com o o mesmo sexo 5%. Sobre da última relação sexual,
60% dos médicos referiam não ter utilizado preservativo,
84,3% relataram não ter utilizado álcool, enquanto 88,6%
dos parceiros também não utilizaram, e 1 entrevistado
(0,4%) relatou ter utilizado drogas antes da última relação.
Foi observado que 68,4% dos médicos que tinham parceria
estável (casados, solteiros com parceiro fixo e união está-
vel/consensual) e 24,5% dos que não tinham (separados e
solteiros sem parceiro fixo) não fizeram uso de preservati-
vo na última relação sexual. Quando questionados sobre
sua vulnerabilidade em contrair IST/AIDS relacionada à ati-
vidade sexual, 9,0% consideraram impossível, 39,2% qua-
se impossível, 31,8% pouco possível, 13,7% possível, 2,4%
muito possível e 3,9% não responderam. CONCLUSÃO: os
achados deste estudo parecem estar em concordância com
achados de outros estudos de metodologia semelhante.
Instituição:
Instituto de Medicina Integral de Pernambu-
co Professor Fernando Figueira (IMIP) – Recife – PE
ATROFIA GENITAL ANTES E APÓS
RADIOTERAPIA PÉLVICA EM MULHERES
COM CÂNCER DE COLO UTERINO
Autores:
Baccaro, L.F.C.; Vaz, A.F.; Grion, R.C.; Casellato,
F.V.; Costa-Paiva, L.; Pinto-Neto, A.M.
Sigla:
G019
Objetivos: Avaliar a citologia hormonal vaginal e os fato-
res associados em mulheres com câncer do colo do útero
antes e após a realização de radioterapia. Identificar os
fatores que estão associados à piora do trofismo genital
após a realização da terapia. Métodos: Estudo de coor-
te prospectivo com 56 mulheres portadoras de câncer
de colo uterino, com idades entre 18 e 75 anos, encami-
nhadas para realização de radioterapia no Hospital da
Mulher da UNICAMP entre 01/2013 e 03/2014. A variável
dependente foi o trofismo genital, avaliado através do
índice de maturação celular (Índice de Meisels). As variá-
veis independentes foram os dados sociodemográficos,
1,2,3,4,5,6,7,8 10,11,12,13,14,15,16,17,18,19,...209